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Saúde - Terça-feira, 21 de Maio de 2024

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Tupã confirma 1º caso de chikungunya

Saúde confirma primeiro caso autóctone da febre em 2024


Tupã confirma 1º caso de chikungunya

O primeiro caso autóctone (transmissão dentro da cidade) de Febre Chikungunya neste ano, em Tupã, foi confirmado na tarde desta segunda-feira (20/05) pela Secretaria Municipal da Saúde. 

 

A doença infecciosa febril é transmitida pelos mosquitos Aedes albopictus e Aedes aegypti, sendo esse último responsável também pela transmissão de dengue no Brasil. O termo Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia e refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, no país, localizada no leste da África.

 

O primeiro caso da doença em Tupã em 2024 foi confirmado em uma mulher de 39 anos, residente no Jardim Morumbi, Zona Norte. Ela teve início dos sintomas no dia 2 de maio, fez exame para dengue e deu negativo, após, realizou outros exames e confirmou positivo para Chikungunya em convênio particular. Tupã tem cinco suspeitos da doença que estão em análise para Chikungunya no Instituto Adolpho Lutz.

 

Histórico

 

Em 2017 a cidade teve um caso confirmado, em 2018 três casos e em 2019 um caso. Atualmente o estado de São Paulo tem 3.638 casos de Chikungunya, sendo as cidades com mais casos confirmados: São José do Rio Preto com 1.043 casos; Neves Paulista 463 e Icém com 368 casos.

 

Chikungunya

 

O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados. São eles o Aedes aegypti, de presença essencialmente urbana, em áreas tropicais e, no Brasil, associado à transmissão da dengue; e o Aedes albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais, também existente no Brasil e que pode ser encontrado em áreas urbanas em menor densidade. 

 

O mosquito adquire o vírus ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia, ou seja, um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea.

 

Após um período de incubação médio de dez dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a um humano. Após a picada de um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de 3 a 7 dias (intervalo 1ª 12 dias). A maioria dos indivíduos apresenta doença sintomática após um período de incubação de dez dias. Porém, nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas.

 

A Chikungunya pode causar doença aguda, subaguda e crônica. A fase aguda é mais comumente caracterizada por febre de início súbito (tipicamente maior que 39°C) e dor articular intensa. Entre outros sinais e sintomas podem incluir cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite. A fase aguda da Febre Chikungunya dura de 3 a 10 dias.

 

Na fase subaguda e crônica, a maioria dos pacientes, após os primeiros dez dias, podem sentir uma melhora na saúde geral e na dor articular. Porém, após este período, uma recaída dos sinais pode ocorrer com alguns pacientes reclamando de vários sintomas reumáticos, incluindo fortes dores nas articulações, ossos, nos punhos e tornozelos. 

 

Os sintomas são muito comuns entre dois e três meses após o início da doença. Em alguns casos também podem ser registrados distúrbios vasculares periféricos, como a síndrome de Raynaud. Além dos sintomas físicos, podem aparecer sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza.

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