Com quatro mil crianças matriculadas na rede municipal, a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, intensificou o trabalho de conscientização para combate ao aedes aegypti a fim de formar cidadãos responsáveis e ampliar a comunicação com os adultos.
“Nossa expectativa é fomentar um futuro livre dos riscos da dengue, zika e chikungunya. Para isso, todas as escolas estão mobilizadas e trabalhando o combate endêmico sob a perspectiva da cidadania. As unidades tiveram autonomia plena no desenvolvimento de atividades pedagógicas, com didática adequada ao público atendido”, explica o secretário de Educação, professor Valdir Berti.
O lúdico foi bastante trabalhado nas CMEIs, pois, recebem crianças de 0 a 3 anos, criando bonecos do mosquito vetor com garrafas PET e EVA. As creches realizaram brincadeiras pelo pátio fomentando a eliminação de água parada, a identificação de ambientes propícios à proliferação do inseto, os cuidados que uma criança infectada deve receber, e apresentaram maquetes com as fases de evolução da larva até o mosquito adulto.
As unidades de Ensino Fundamental lidam com crianças de 4 a 12 anos, por isso puderam estender o conhecimento promovido com os estudantes ao ambiente extramuros. Conforme a diretora da EMEIEF Nossa Senhora de Fátima, Carla Ortega Brandão, a iniciativa objetivou tornar as crianças agentes mirins de endemias para os cuidados que devem ser tomados em casa e na vizinhança.
“Os funcionários fizeram o checklist com as crianças, e não os professores, porque são eles que cuidam disso semanalmente e têm muita propriedade pra falar. Essa situação tem embutida a função social, porque aquilo que a gente aprende na escola serve para nossa vida”.
Algumas escolas já realizaram marchas pelos arredores dos prédios e conversaram com os vizinhos sobre os riscos do aedes aegypti. Além disso, os pais participaram da “lição de casa” e conheceram mais deste trabalho que é rotina nas escolas. Vale destacar que a intensificação das ações ocorreu nas Escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Creches, da cidade, dos distritos e também nos Núcleos de Ensino Integral (NUTI).
Conforme a coordenadora do NUTI Izilda de Freitas Alves e Jardim Unesp, Glaucia Lopes Ribeiro, os alunos também recolheram objetos dispensados em locais inadequados e pesquisaram sobre o tema nos laboratórios de informática. “Os alunos confeccionaram cartazes, viseiras, saíram ao entorno dos NUTIS, e conversaram com a população local sobre a importância do papel de cada cidadão”.
A mudança nos hábitos para prevenção aos criadouros do mosquito-da-dengue precisa ocorrer desde a infância, mas para que o ambiente seja saudável para o desenvolvimento das crianças é essencial engajar as famílias e os membros da comunidade.
O prefeito Caio Aoqui ressaltou que a implantação do Plano de Municipal de Combate e Prevenção ao Aedes Aegypti, com a adesão da Campanha de Tolerância Zero Contra a Dengue pelas escolas, permitiu ao município atingir resultados positivos.
“Quero parabenizar os profissionais da educação e os estudantes pelo empenho e dedicação para eliminação deste mosquito, que tem nos causado tanta preocupação. Sem a colaboração da comunidade, o poder público conquista mudanças menos duradouras do que as alcançadas pelas escolas. Gratidão também às famílias, que entenderam a necessidade de mudança de hábitos para, daqui pra frente, termos uma cidade mais limpa e segura”.
