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Saúde - Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2023

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Endemias visita residências para medir nível de infestação do Aedes aegypti

Profissionais coletam amostras, analisam índice de positividade e planejam controle


Visando medir o nível de infestação do Aedes aegypti no município de Tupã e identificar quais recipientes tem servido mais frequentemente como criadouro do mosquito, a equipe do Departamento de Entomologia e Endemias realiza a cada três meses a Avaliação de Densidade Larvária (ADL). 

 

O trabalho consiste na visita planejada aos imóveis, e coleta de amostras de larvas para análise microscópica. A agente de Combate às Endemias, Silvana dos Santos Matos, é responsável pelo lançamento dos dados e pela leitura das lâminas com o material reunido nas visitas domiciliares. 

 

Segundo Silvana, as informações devem ser enviadas para validação da Secretaria de Estado da Saúde até 3 de fevereiro. “Se o agente encontrar 10 recipientes com larva, ele traz para a análise 10 frascos. Elas ficam embebidas no álcool para que eu verifique no microscópio se são amostras de Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya) ou do Culex (mosquito comum). Depois, todas são descartadas”.

 

A partir dos índices notificados no Sisaweb – base de dados oficial do estado de São Paulo para registro informativo e controle de doenças –, um gráfico é gerado a fim de otimizar a elaboração de estratégias de eliminação da infestação e para ampliar a conscientização da comunidade.

 

Para o secretário de Saúde, dr. Miguel Ângelo de Marchi, o trabalho obtém maior sucesso quando há cooperação da população e integração entre os setores da Pasta. “Além de atuar nas áreas com mais focos, a Vigilância Epidemiológica comunica onde estão as pessoas infectadas. Dessa forma, executamos melhor o zoneamento de nebulizações. Mas, precisamos que os moradores cooperem na eliminação de recipientes que possam acumular água, e autorizando a visita dos agentes de campo”, comenta.

 

1.200 imóveis precisam ser vistoriados para realização da ADL, com ao menos cinco casas trabalhadas por dia. A equipe de Endemias é dividida em duas áreas, sendo 16 agentes designados para residências, e 3 profissionais para imóveis especiais ou pontos estratégicos, como escolas, hospitais, galpões de reciclagem ou ferro-velho. O levantamento em locais especiais ou estratégicos tem periodicidade menor.

 

O prefeito Caio Aoqui parabenizou os servidores empenhados neste levantamento essencial para saber a distribuição dos vetores positivos para dengue. “Há cerca de 10 anos, nosso município decidiu capacitar seu pessoal para análise microscópica das larvas. Isso agiliza as ações e permite solucionar as demandas com mais precisão. No entanto, estamos em um período chuvoso, então precisamos que a população continue alerta, ajudando principalmente na manutenção e limpeza dos quintais”.

 

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