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Saúde - Terça-feira, 09 de Maio de 2023

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Saúde inicia censitário canino na zona sul para identificação de leishmaniose em cães

Amostras de sangue serão coletadas dos animais, levantamento deve durar 6 meses


A fim de identificar precocemente casos de leishmaniose, o Centro de Controle de Zoonoses iniciou nesta segunda (8) um novo censitário canino na zona sul de Tupã. Os agentes visitam residências com cães para coletar uma amostra de sangue dos animais, que será enviada para análise laboratorial.

 

Segundo a diretora de Departamento de Vigilância em Saúde, Joselaine Pio Rocha, a ação tem por objetivo prevenir a proliferação da doença em regiões com maior histórico de casos. “Os moradores devem autorizar a retirada de sangue dos cães existentes na casa. Nossos profissionais estarão uniformizados, utilizando agulhas e seringas descartáveis no trabalho de campo, e pedem ao tutor apenas alguns dados essenciais para a identificação da amostra e para contatar o proprietário, caso o resultado seja positivo”.

 

O material é colocado em tubo estéril, e um questionário individual deve ser preenchido com nome e sexo do animal. O diagnóstico é feito por meio de exames sorológicos laboratoriais. Quando há confirmação da doença, uma contraprova é realizada pelo Instituto Adolfo Lutz - CLR IV Marília, unidade de referência. 

 

O supervisor de Controle de Zoonoses, Douglas Kimura, informa que mais de 110 quadras devem ser visitadas nesta primeira fase. Partindo da região dos bairros: Jardim Guanabara, Vila Indústria, Vila Independência, e Jardim Santa Rita, para futuramente entrar na zona leste do município. A previsão é concluir o censitário em até seis meses. 

 

“Nos guiamos por um mapa com as quadras que precisamos trabalhar, nele sinalizamos os locais percorridos e onde não havia ninguém em casa para nos atender. Começamos por volta das 8h, e estendemos até 13h, sem pausa, dessa forma, retornamos nos endereços fechados no horário de almoço, facilitando o atendimento”, conta.

 

Os vetores da leishmaniose visceral são insetos pequenos, medindo de 1 a 3 mm de comprimento, conhecidos popularmente como mosquito-palha. Na área urbana, o cão é a principal fonte de infecção, pois quando o vetor se alimenta do sangue de um cachorro infectado, e depois pica o ser humano, o indivíduo pode ser acometido pela leishmaniose visceral, doença com alta letalidade se não for tratada.

 

Apenas com o censitário canino é possível evitar que esta zoonose volte a ser um problema grave na cidade. O secretário de Saúde, dr. Miguel Ângelo de Marchi, explica ser determinante observar a saúde dos animais e participar das ações de identificação de casos.

 

“Dependendo do organismo do hospedeiro, a leishmaniose canina irá se desenvolver de uma forma aguda ou crônica.  Entre os sinais mais comuns da doença estão as alterações cutâneas, emagrecimento, e fraqueza nas patas traseiras.  Entretanto, cães infectados podem permanecer sem sinais clínicos por um longo período ou morrer em poucas semanas. Por isso, os donos devem ficar atentos e cooperar com o censitário canino. Dessa forma, evitamos que o ciclo de transmissão afete as pessoas”, finaliza.

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