Encerrando o ano de atividades da Rede de Proteção da Criança, Adolescente e Jovem de Tupã (Rede Protetiva), os parceiros responsáveis pelo planejamento e execução de projetos voltados ao bem-estar dos estudantes participaram de um encontro segunda-feira (11) com apresentações técnicas, culturais e palestra.
A avaliação do trabalho realizado em 2023 integrou o VIII Seminário de Boas Práticas da Rede Protetiva. Na abertura, os presentes assistiram performances cênicas, de dança e declamações de poesia.
A supervisora de Ensino na Secretaria Estadual de Educação, Teresa Ignácio, destaca que os estudantes da E.E Joaquim Abarca encenaram um teatro de sombras; uma turma do Núcleo de Tempo Integral - CEI levou o Maculelê para o palco do auditório; alunos da E.E Maestro Nelson de Castro preparam um musical sobre Lampião e Maria Bonita, enquanto jovens da E.E. Luiz de Souza Leão recitaram o poema “Me gritaram negra” de Victoria Santa Cruz.
Para sistematizar junto aos parceiros as ações feitas e as metas para o futuro, houve apresentação do Plano Municipal pela Primeira infância, do projeto “Fale” (desenvolvido pela EE Maestro Nelson de Castro e Conselho Tutelar), da Escola de Pais do Brasil (EPB), do programa de extensão da Casa Abrace “Fazendo e Aprendendo” (coordenado pela nutricionista Eliane Silva Matos, em parceria com o NUTI Unesp e Sebrae), e do Tupã 2030.
Visando a formação continuada dos facilitadores da Rede, uma palestra sobre o uso da internet e a exposição de crianças e adolescentes nas mídias digitais foi ministrada por Rodolfo Ignácio Aliceda, doutorando em Direito das Relações Sociais pela Universidade Federal do Paraná (PR) e autor de livros reconhecidos no meio jurídico. O advogado especialista é referência, inclusive, para o Supremo Tribunal Federal nos campos temáticos de liberdade de expressão, discurso de ódio, desinformação e responsabilidade civil de plataformas digitais.
“Nós, professores, temos que aprender a lidar com o ambiente online. As crianças e jovens tem à mão ferramentas poderosas, que permitem até mesmo a autonomia financeira deles, mas também os torna vulneráveis à superexposição e pela facilidade de acesso a conteúdo inapropriado. Precisamos saber como convencê-los de que a educação tradicional ainda é importante, porque a produção de conteúdo pode gerar lucro, mas precisa ser bem supervisionada”, declara o secretário de Educação, Cultura e Esportes, professor Valdir Berti.
O secretário lembrou ainda que, neste ano, a Rede Protetiva fortaleceu os laços com a Polícia Civil, Policia Militar, Corpo de Bombeiros, CMDCA, Secretaria de Desenvolvimento Social e Rede Estadual de Educação, discutindo principalmente sobre o aumento da violência em escolas, diante dos casos de invasão e mortes por arma de fogo registrados no Brasil até mesmo em creches.
Para finalizar o evento, familiares de Alice Rosa e de Márcio Lira, ambos profissionais do segmento da educação que faleceram este ano, receberam diplomas in memoriam como forma de homenagem e agradecimento.
Na ocasião, o professor Omar Fernando Carvalho Junior recebeu o certificado “Amigo da Rede Protetiva”, e o professor Valdir Berti foi cumprimentado pela Medalha dos Pacificadores, concedida a ele pela AUNIPI -South América Brazil, entidade associada à ONU, pelo valor do serviço público prestado à sociedade.
Tupã