Professores de Tupã recebem formação com indígenas da Terra Indígena Vanuíre

A Secretaria de Educação, em parceria com o Museu Índia Vanuíre, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerida pela ACAM Portinari, ofereceu uma atividade de formação continuada para 193 professores da rede municipal de Tupã.

Este aprimoramento de práticas pedagógicas foi dividido em três momentos, e culminou numa visita de campo à Terra Indígena Vanuíre, no município de Arco-íris (SP), na quinta-feira, 25 de julho. A visita foi guiada por Susilene Kaingang, Elizeu Guarani Nhandewa e Gabriel Krenak.

Conforme diretora de Departamento de Formação Pedagógica de EMEI/EMEF, Sirlene Teixeira, quatro polos foram selecionados para desenvolver o projeto-piloto, pois, já ofertam a modalidade de tempo integral.
“O objetivo é formar, gradativamente, nossos professores sobre a história do município de Tupã, desmitificando mitos acerca da população indígena e, eventualmente, rompendo com visões estereotipadas que eles possam ter. Preparando-os para falar sobre a atualidade de uma aldeia e para apresentar o Museu para os alunos”.

Os profissionais atuam no segmento de ensino fundamental das escolas EMEF “Prof. João Geraldo Iori”, EMEIEF “Governador Mário Covas”, EMEF “Prof. Odinir Magnani”, e EMEIEF “Prof. Thiago Leandro”. 
Para a secretária de Educação, Solange Schinor, oportunizar este momento para os professores da rede permitiu capacitar os docentes para trabalharem melhor a cultura indígena em sala de aula, além de orientar o grupo para as formas de exploração do acervo do Museu Índia Vanuíre, guiando os estudantes a partir de aspectos pontuais.

“Com esta formação, foi possível conhecer com mais profundidade o acervo e a aldeia, tirar dúvidas, e principalmente desmistificar crenças sobre os indígenas e até mesmo sobre a história do município”, resumiu.
O Museu Índia Vanuíre possui acervo expressivo que reúne peças da história da cidade, além de objetos e artefatos de diversos povos indígenas do Brasil. Segundo a Lei 11.645/08, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo oficial das escolas de ensino fundamental e médio é obrigatória.

Dessa forma, Tupã investe na maior valorização, manutenção e fortalecimento das comunidades indígenas do Oeste Paulista, as quais são: Kaingang, Krenak, Terena e Guarani Nhandewa, das Terras Indígenas Vanuíre, Icatu e Araribá.