Modificar hábitos alimentares, promover ambientes propícios à prática de atividades físicas, reduzir a obesidade e a má nutrição ainda na primeira infância são os primeiros desafios do Tupã 2030: Programa de Promoção Integral e Sustentável da Saúde e Bem-Estar da Criança e do Adolescente. E para que as ações sejam postas em prática, nesta segunda-feira (22), a prefeitura realizou a primeira Oficina presencial para capacitação de membros da comunidade tupãense.
De acordo com o secretário de Educação, professor Valdir Berti, um planejamento remoto foi feito por nove meses. “Nesta semana faremos encontros entre representantes das secretarias municipais, universidades e setores organizados da sociedade, que encabeçam o estudo, para debatermos qual Tupã queremos ter daqui a 10 anos”, explicou.
O encontro propôs estruturar os eixos do programa, que tem como principal objetivo monitorar a alimentação e a qualidade de vida das crianças. De acordo com a professora da Unesp de Marília, dra. Silvia Fernandes, a Oficina permitiu consolidar quais medidas traçadas pelo estudo feito na Suécia podem ser adaptados para Tupã. “Nossa contribuição é pensar a questão da dimensão socioambiental, ou seja, qual é a oferta de lazer, áreas verdes para as crianças na cidade, especialmente para a primeira infância, de 0 a 6 anos, nosso primeiro foco no projeto”, explicou.
Nesta semana, os pesquisadores da Unesp de Marília farão um workshop com servidores das Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social para alimentar os dados de georreferenciamento, essenciais para que o aplicativo contenha os supermercados, feiras livres, hortas, praças e escolas presentes em cada bairro do município.
Este aplicativo de celular foi desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes); com suporte do Departamento de Computação da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); da NK Sistema de informação em Saúde/Pompéia; do Centro de Ciência e Tecnologia em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (INTERSSAN/UNESP); e da Faculdade de Ciências e Engenharia da UNESP/Tupã.
“Agora vamos a campo para pensar Tupã a longo prazo. Com o tempo, os pais poderão utilizar esse aplicativo, e saberemos pelo georreferenciamento se alguma região da cidade tem mais casos de obesidade para incentivar a prática esportiva ou o consumo de frutas, legumes e verduras”, declarou o prefeito Caio Aoqui.
O prefeito ressaltou o desafio de ser o único município do país a replicar o estudo desenvolvido na Suécia. E agradeceu a dedicação dos servidores envolvidos na implantação do programa. “Mudando os hábitos, nós mudaremos a qualidade de vida das nossas crianças”.
O lançamento do programa ocorreu na EMEF João Geraldo Iori, e teve também a presença de Stephen Kunihiro, da Fundação NK Sistema de Informação em Saúde; da secretária de Assistência Social, Patrícia Fernandes; do Secretário de Esporte, Marco Pinheiro; e do vice-prefeito Renan Pontelli.
“Essa projeção de município para 2030 é muito importante, porque ter Tupã como uma cidade piloto para prevenção de casos de obesidade e de má nutrição é motivo de muito orgulho. Com o retorno à normalidade, podemos pensar em estratégias de mudança da cultura alimentar e da infraestrutura do município”, declarou o vice-prefeito.
Demostrando o apoio do poder legislativo, o presidente da Câmara, Eduardo Shigueru, afirmou ser essencial que os diversos setores trabalharem de maneira conjunta. “Nesses 10 anos de estudo poderemos ser o modelo de município que queremos para nossas crianças. Convido os pais a conhecerem essa iniciativa e a participarem dessa ação”.
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