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Levantamento foi realizado na região de Marília pela GVE do estado de São Paulo
Vasos de plantas e vasilhas de água para animais estão entre os recipientes com maior número de focos do Aedes aegypti. O apontamento realizado este ano em toda a região de Marília, que inclui a cidade de Tupã, foi feito pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) do estado de São Paulo.
De acordo com o levantamento, ao todo foram encontrados 2.814 recipientes com focos do Aedes, e o recipiente onde foi encontrada maior incidência de foco do mosquito foram os vasos comuns de plantas, com 18%; seguido das vasilhas de água para os animais com 15%. Ambos os recipientes passiveis de descarte dos próprios moradores das residências visitadas durante a pesquisa.
Ainda segundo o apontamento, os demais recipientes onde foram encontrados os focos também são materiais de fácil acesso, como: latas e frascos, garrafas, ralos externos, pratos “pingadeira”, garrafas retornáveis e descartáveis e regadores.
O chefe do Departamento de Entomologia e Endemias, Marco Antônio de Barros, destaca que os dados servem de alerta para que a população fique atenta e faça o descarte correto destes materiais, diminuindo assim os riscos de contrair as doenças transmitidas pelo mosquito.
“Com ações simples e que levam pouco tempo do dia é possível eliminar qualquer possível foco do mosquito. É necessário que a população faça a sua parte e faça o descarte adequado destes objetos. É simples, basta lembrar que um local com água parada e limpa é o suficiente para a proliferação do mosquito”, alertou.
Estima-se que uma só fêmea possa espalhar ovos num raio de quase 1 km. Em cerca de 10 dias, o ovo se torna mosquito adulto e começa a picar, para garantir sua sobrevivência, já que se alimenta do sangue humano. O ciclo de vida do Aedes aegypti é de cerca de 30 dias.
O secretário de Saúde, dr. Miguel Ângelo de Marchi, explicou que a eliminação da dengue só é possível com ações do Poder Público em conjunto com a população. “Uma cidade com investimento na saúde e com uma população engajada é o ideal. Precisamos de todos nessa luta contra a dengue e as outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, disse.
Orientações
Para evitar que vasos de plantas se tornem criadouro para o mosquito Aedes, é necessário preenchê-los com terra ou areia, incluindo os pratos dos vasos. No caso das plantas aquáticas, é necessário lavar com água e sabão a parte de dentro do vaso, uma vez por semana, bem como higienizar as bromélias ou plantas que acumulam água duas vezes por semana.
Caixas d’água, cisternas, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como geladeiras e climatizadores. Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.
Ralos limpos e com aplicação de tela podem evitar o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia — lugares que podem gerar acúmulo, e sim na terra ou no cimento quente.
Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco do Aedes. Furar o fundo das latas e, se possível, amassá-las; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo, são algumas medidas que também podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.
Frente de trabalho
Em Tupã a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Entomologia e Endemias, realiza diariamente trabalhos por todas as regiões da cidade. Com agentes capacitados, são realizadas visitas casa a casa orientando a população e vistoriando os quintais para a eliminação de focos do mosquito.
Os moradores são orientados sobre como evitar criadouros e quais recipientes precisam de atenção em suas casas. Os moradores também podem ser notificados caso o agente encontre focos com larvas do mosquito na residência. A medida visa inserir a população na luta e mostrar a importância do assunto, visto que se um imóvel tem focos do mosquito as famílias vizinhas também correm o risco de ficarem doentes.
Em regiões onda há casos de dengue confirmados, as equipes passam delimitando toda a área para a aplicação de inseticida, visando a eliminação dos mosquitos e prevenindo que mais pessoas sejam contaminadas.
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