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Saúde - Sexta-feira, 12 de Junho de 2015

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Secretaria de Saúde intensifica ações de combate à leishmaniose

Secretaria de Saúde intensifica ações de combate à leishmaniose


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A prefeitura de Tupã;* por meio da Secretaria Municipal de Saúde;* está intensificando as ações de prevenção e combate à leishmaniose no município. O trabalho;* que objetiva reduzir o número de pessoas e cães infectados no município;* já garantiu alguns resultados positivos no controle da doença.

De acordo com a secretária de Saúde;* Rosângela Urel;* graças às ações coordenadas pelo Centro de Controle de Zoonoses foi possível reduzir a incidência da doença em humanos. Até o momento Tupã confirmou apenas um caso de leishmaniose em humanos neste ano;* contra três ocorrências registradas no mesmo período do ano passado.

“A prefeitura também vem conseguindo reduzir a transmissão canina. Neste ano foram registrados 141 casos de cães contaminados pela leishmaniose;* que tiveram que ser sacrificados de acordo com protocolo do Ministério da Saúde. Apesar de ainda ser um número elevado;* a incidência da doença em cães neste ano tem sido menor em comparação ao mesmo período do ano passado;* quando 207 cães foram positivados e sacrificados”;* informou.

Apesar dos dados favoráveis;* a Secretaria de Saúde vem adotando novas medidas preventivas contra a doença. Segundo Rosângela;* a equipe do Centro de Zoonoses tem priorizado as ações de detecção de sintomas em animais infectados e coleta de sangue para exame comprobatório.

O trabalho;* que seguindo as orientações do Ministério da Saúde era realizado somente em bairros e regiões com casos confirmados;* agora faz parte de uma ação específica e de rotina do Centro de Zoonoses.

“No início deste ano o Centro de Zoonoses incluiu a coleta de sangue de animais suspeitos no trabalho de rotina;* ampliando também o atendimento às solicitações através de ligações feitas pelo próprio dono dos cães ou por um denunciante”;* explicou Rosângela.

O Centro de Zoonoses também tem realizado monitoramento em toda a cidade;* principalmente nas regiões que já apresentaram casos da doença. Além disso;* a Secretaria de Saúde realiza ações educativas;* através dos agentes de saúde e equipes de combate às endemias;* aproveitando as visitas domiciliares para orientar a população sobre os cuidados necessários para evitar a doença.

“Os agentes de saúde e as equipe de combate às endemias;* que já orientavam a população sobre como evitar a propagação da dengue;* também passaram a orientar os moradores sobre medidas de prevenção contra a leishmaniose”;* destacou.

A secretária de Saúde destacou ainda que a exemplo da dengue;* a colaboração da população é fundamental para garantir a eficiência do trabalho de combate à leishmaniose. O alerta é justificado pelo grande número de animais existentes na cidade. Segundo dados do Censo Animal;* Tupã conta atualmente com de 19.261 animais;* entre cães e gatos;* sendo que apenas a população canina chega a 14.810.

“O nosso objetivo é controlar e reduzir o volume de casos de leishmaniose registrados no município;* mas para isso;* além de fazer nossa parte;* precisamos do apoio da população. Tupã apresenta um elevado número de cães;* que estão suscetíveis à doença e a melhor estratégia de prevenção da leishmaniose é evitar a proliferação do mosquito flebotomíneo;* popularmente conhecido como mosquito palha. Por isso;* é imprescindível que a população adote práticas de higiene nos quintais e abrigos de animais”.

Além de manter seus quintais limpos;* livres de materiais em decomposição;* a população deve realizar a poda de árvores periodicamente. Os moradores também devem recolher diariamente folhas;* frutos e fezes de animais;* evitar utilizar resto de alimentos como adubo;* não deixar animais soltos na rua e não abandonar seus animais.

Rosângela destacou ainda que em caso de suspeita de doença em animal a pessoa deve procurar a Secretaria de Saúde para agilizar a coleta de sangue para exame comprobatório. Os sintomas de leishmaniose no cão incluem perda de peso e apetite; feridas pelo corpo;* principalmente nas orelhas e focinho; crescimento exagerado das unhas;* queda de pelo com maior freqüência ao redor dos olhos e febre prolongada.

“Existem cães assintomáticos;* ou seja;* cães que não apresentam sintomas;* por isso é preciso realizar o exame que é gratuito feito pela prefeitura de Tupã”;* alertou a secretária de Saúde.

Já em caso de suspeita em humano o paciente deve procurar uma unidade de saúde;* informando principalmente o período da febre;* já que a constatação desse sintoma por mais de 30 dias é um sinal de alerta para doença. Nos humanos;* os sintomas de leishmaniose incluem fraqueza;* emagrecimento;* febre prolongada;* anemia;* diarréia;* aumento do fígado e do baço e inchaço nas pernas.

Leishmaniose pode levar à morte

A leishmaniose é uma doença grave;* que afeta principalmente os órgãos internos (fígado e baço);* e se não for tratada pode levar a morte. Considerada de alta letalidade a leishmaniose já provocou mais casos de óbito que a dengue em nove estados no período de 2000 a 2011.

A contaminação acontece quando a pessoa ou animal doméstico é picado pelo ""mosquito palha"" contaminado. É Em geral;* o inseto pica o homem e os animais ao amanhecer ou início da noite. Para o humano;* há tratamento oferecido gratuitamente na rede pública de Saúde;* já para o cão não existe.

Na realidade;* o tratamento da leishmaniose em animais é proibido no Brasil atualmente. Existem várias linhas de pesquisa que demonstram que é possível tratar a doença de maneira efetiva e reduzir os sinais clínicos;* porém não existem evidências de cura parasitológica permanente.

Como a leishmaniose é muito instável;* existe grande possibilidade de que a doença se desenvolva novamente;* fazendo com que o cão volte a ser um risco de transmissão. Por isso;* a conduta recomendada pelo Ministério da Saúde caso o animal seja positivo para a doença é a eutanásia do animal.

Por isso;* além de evitar a propagação do mosquito palha;* transmissor da doença;* através de medidas sanitárias;* a posse responsável dos animais também é fundamental para combater a doença. Para prevenir a transmissão da doença em animais pode se adotar o uso de repelentes e coleiras.

A vacinação é uma medida que pode ser recomendada;* porém garante apenas a proteção dos cães;* além disso;* a vacina falha em cerca de 20% dos animais. Vale ressaltar também que a vacina ainda não está aprovada com a finalidade de controle da doença na questão da saúde pública;* não estando disponível no setor público.

Portanto;* é imprescindível adotar outras medidas preventivas. O uso de repelentes ou da coleira também é importante;* mas a duração desses produtos deve ser considerada;* utilizando-os de acordo com suas validades.

O controle da população canina também tem sido uma ferramenta eficaz de combate à doença;* controlando o número de animais domiciliados e cães errantes. Desde o mês de maio o município retomou as castrações em cães machos no centro de zoonoses e realizou licitação para realização de castrações em fêmeas.

Além dessas medidas;* é aconselhável não levar os cães para passear durante a noite;* pois o período de atividade dos flebótomos é noturno. A realização de exames todos os anos para observar se o cão está infectado também é importante.

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