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Prefeitura intensifica ações preventivas e reduz casos de leishmaniose
Ampliando os investimentos em ações preventivas, a prefeitura de Tupã, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, tem conseguido reduzir o número de pessoas e cães infectados pela leishmaniose no município.
O sucesso do trabalho de combate à leishmaniose já é destaque na região e atraiu o interesse da TV Tem, que encaminhou uma equipe de reportagem para conhecer as ações desenvolvidas pela prefeitura.
De acordo com a secretária de Saúde, Rosângela Urel, um dos principais resultados positivos é a drástica redução da incidência em humanos. Segundo ela, até o momento foram registrados 7 casos suspeitos de leishmaniose em humanos, sendo confirmado apenas 1 caso. Já no mesmo período do ano passado, já haviam sido registrados 16 casos suspeitos, com 6 casos confirmados e 3 óbitos.
Segundo Rosângela, graças às preventivas, neste ano foi possível reduzir o número de animais sacrificados em 65%, em comparação ao ano passado. De acordo com os dados até o momento foram eutanasiados 187 cães contaminados pela doença, contra 286 no mesmo período de 2014.
A diminuição do número de animais infectados também vem refletindo diretamente no número de animais eutanasiados. A secretária de Saúde explicou que todos os cães contaminados pela leishmaniose, mesmo aqueles que sobrevivem, continuam sendo potencial risco de transmissão da doença. Por isso, a conduta recomendada pelo Ministério da Saúde é submeter o animal comprovadamente contaminado pela leishmaniose à eutanásia.
Importância da prevenção
Para a secretária de Saúde, a redução dos casos de leishmaniose é resultado de várias ações preventivas realizadas de forma integrada e sistemática. Uma das iniciativas é o programa de castração de cães e gatos, que vem contribuindo para diminuir o número de animais de ruas, que são mais suscetíveis à contaminação.
Desde que o programa foi implantado, a Secretaria de Saúde já castrou 107 animais machos no Centro de Controle de Zoonoses, sendo 56 cães e 51 gatos. A prefeitura também contratou uma clínica veterinária através de processo licitatório para a castração das fêmeas. Até o momento já foram castradas 17 cadelas e 18 gatas, totalizando 35 animais.
O trabalho de combate à leishmaniose no município também conta com ações de orientação e conscientização da população. Para Rosângela, a colaboração dos moradores é fundamental para garantir a eficiência do trabalho de combate à leishmaniose.
Por isso, a Secretaria da Saúde vem realizando um trabalho constante junto às população. Os agentes de saúde e equipes de combate às endemias aproveitam as visitas domiciliares para orientar a população sobre os cuidados necessários para evitar a doença.
Além de os moradores a manterem seus quintais limpos, livres de materiais em decomposição, realizar a poda de árvores periodicamente, além de recolher diariamente folhas, frutos e fezes de animais. A população também é orientada a evitar utilizar resto de alimentos como adubo, não deixar animais soltos na rua e não abandonar seus animais.
Outra medida preventiva é a intensificação das ações de detecção de sintomas em animais infectados e coleta de sangue para exame comprobatório. O trabalho, que era realizado somente em bairros e regiões com casos confirmados, agora faz parte de uma ação específica e de rotina do Centro de Zoonoses, que também tem realizado monitoramento em toda a cidade, principalmente nas regiões que já apresentaram casos da doença.
Rosângela finalizou lembrando que em caso de suspeita de leishmaniose em animal a pessoa deve procurar a Secretaria de Saúde para agilizar a coleta de sangue para exame comprobatório. Os sintomas de leishmaniose no cão incluem perda de peso e apetite; feridas pelo corpo, principalmente nas orelhas e focinho; crescimento exagerado das unhas, queda de pelo com maior freqüência ao redor dos olhos e febre prolongada.
Já em caso de suspeita em humano o paciente deve procurar uma unidade de saúde, informando principalmente o período da febre, já que a constatação desse sintoma por mais de 30 dias é um sinal de alerta para doença. Nos humanos, os sintomas de leishmaniose incluem fraqueza, emagrecimento, febre prolongada, anemia, diarréia, aumento do fígado e do baço e inchaço nas pernas.
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