Texto literário é fonte de conhecimento;* criatividade e informação

A Secretaria da Educação de Tupã criou e implantou no ano de 2013;* nas salas de Educação Infantil;* etapa 2 (Pré e Pré II) o Projeto de Literatura e Formação do leitor. O secretário de Educação;* Marcos Leite;* disse que ensinar literatura;* do ponto de vista defendido neste projeto;* não significa ensinar um conjunto de habilidades ou comportamentos externos ao texto. “O professor precisa ensinar ao aluno o desejo de conhecer o que ainda não se conhece nem se sabe existir. O professor precisa ensinar que o texto literário é fonte de conhecimento;* criatividade e imaginação;* habilidades essas necessárias à vida humana”.

Na educação infantil;* comumente se pensa que;* pelo fato de as crianças ainda não dominarem os códigos da leitura e da escrita;* o texto literário pouco contribuirá para o desenvolvimento infantil. Além disso;* é comum se pensar que o texto literário pode ser um risco para a criança;* pois os pequenos leitores ainda não são capazes de discernir o que constitui fantasia e o que constitui representação verossímil da realidade empírica.

Leite disse que esse modo equivocado de compreender a literatura e o seu ensino têm gerado certas práticas pedagógicas bastante problemáticas com o texto literário;* como: pensar que quanto menor for a extensão do texto mais fácil é a sua compreensão;* o que é de longe uma inverdade (as poesias são textos curtos e nem por isso sua compreensão é mais simples se comparada a um conto); ou que os textos adequados à infância são aqueles que possibilitam ensinamentos de comportamento e conduta;* como as fábulas;* que;* embora escolhidas pela “moral da história”;* apresentam uma complexidade literária e sociológica extremamente complexa e intrigante.

A equipe de formadores e professores da Secretaria da Educação de Tupã escreveu um projeto que terá duração de um ano letivo (ano de 2013) e se divide em quatro etapas: Etapa 1 – “A arca de Noé”; Etapa 2 – “Contos de bichos do mato; Etapa 3 – “Obax” e Etapa 4 – “Isto é um poema que cura os peixes”. Essas etapas serão desenvolvidas;* cada uma;* em um bimestre letivo;* conforme o calendário escolar 2013;* estabelecido pela Secretaria de Educação de Tupã.

Bimestralmente;* a equipe de formadores reúne-se com os professores para a avaliação das etapas do projeto. A professora;* Luciana Leal;* diretora de Departamento Pedagógico;* disse que este é um momento riquíssimo e de fundamental importância. “São os professores os responsáveis pela aplicação do projeto;* nesse sentido;* ouvir deles os pontos positivos e negativos e receber dos mesmos as contribuições para as próximas etapas é muito importante porque;* além de respeitar todos os que estão envolvidos no processo de ensino;* contribui para melhorar a qualidade do projeto”.

Ensinar literatura de um ponto de vista em que se almeja formar a humanidade dos leitores é deixar de considerar o texto literário apenas como mero pretexto para estudo de temas transversais ou de regras comportamentais. Ou seja;* ensinar literatura na escola;* na perspectiva da humanização que possibilita esse tipo de texto;* não significa ensinar técnicas para se produzir um texto literário; ou ensinar lições de moral; ou ainda ensinar de modo agradável diferentes conteúdos escolarizados.

Ensinar literatura ou ensinar por meio dela é construir um ambiente de reflexão sobre a linguagem;* que possibilite ao aluno pensar e refletir sobre os efeitos;* usos e funções do ler e do produzir texto;* é possibilitar ao aluno refletir sobre o texto lido ou ouvido e;* a partir disso;* produzir novos textos (orais ou escritos).

De acordo com o público alvo a que se destina este projeto;* os objetivos que visamos alcançar com seu desenvolvimento são: despertar o gosto pelo texto literário de boa qualidade estética; formar leitores competentes; desenvolver o lado lúdico da leitura; trabalhar com situações problemas que garantam a construção de conhecimento sobre Leitura e escrita; contribuir para a compreensão da criança de que a linguagem;* como atividade discursiva e cognitiva;* é uma forma de representação da realidade; ampliar as possibilidades de interação interlocutiva por meio da linguagem; e contribuir para a compreensão de que a linguagem;* sobretudo a literária;* é um meio de transformação da realidade empírica.