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Saúde - Sexta-feira, 09 de Abril de 2021

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Procuradoria Geral do Estado defende fechamento do comércio em Tupã

Procuradoria Geral do Estado defende fechamento do comércio em Tupã


Procuradoria Geral do Estado defende fechamento do comércio em Tupã

Nesta semana, a Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo se manifestou a favor da cassação do decreto do prefeito Caio Aoqui que mantém as atividades econômicas funcionando de forma controlada em Tupã.

A legalidade do decreto foi contestada pelo Ministério Público, que ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) junto ao Tribunal de Justiça pedindo a cassação do decreto em vigor, o que obrigaria o município a suspender as atividades consideradas não essenciais e a seguir todas as restrições impostas pelo Plano São Paulo.

Apesar de todos os esforços da prefeitura para manter a flexibilização controlada das atividades econômicas a ação do Ministério Público ganha força com a manifestação do Procurador Geral de Justiça, Dr. Mário Luiz Sarrubbo, que pode contribuir para derrubar o decreto municipal.

Em sua manifestação o procurador acusa a prefeitura de desrespeitar as regras do Plano São Paulo para possibilitar o funcionamento dos setores produtivos, promovendo “verdadeiro abrandamento da quarentena em relação do funcionamento de atividades comerciais e de serviços diversos, inclusive não essenciais, permitindo a sua realização em desacordo com as regras estaduais de combate à Covid-19”.

Sarrubbo também apontou a insistência da prefeitura em manter a flexibilização ao deixar de cumprir efetivamente das decisões do Ministério Público, que até o momento já ingressou com três ações indiretas de inconstitucionalidade contra os decretos municipais por descumprirem as regras fixadas pelo governo estadual de combate à pandemia da Covid-19.

“Embora seja fato notório o agravamento da crise sanitária em nosso país, e a necessidade de esforço conjunto à sua superação da crise, com o consequente endurecimento das medidas de restrição de circulação de pessoas, inclusive em atividades essenciais, o Município de Tupã insiste no descumprimento das regras estaduais, a pretexto de legislar com supedâneo no interesse local. Entretanto, aos municípios não é autorizado afastar-se das diretrizes estabelecidas pelo Estado de São Paulo para proteção à saúde decorrente da pandemia, cabendo-lhe apenas suplementá-las...”, afirmou.

A manifestação do procurador Mário Luiz Sarrubbo pela derrubada dos decretos municipais já foi encaminhada ao desembargador responsável por julgar a ADIN do Ministério Público e a decisão pode ser proferida nos próximos dias.

É importante ressaltar que o julgamento da ADIN representa um dos últimos recursos da prefeitura para manter a flexibilização controlada das atividades econômicas. Se o Tribunal de Justiça decidir pela ilegalidade do decreto municipal, o prefeito Caio Aoqui poderá ser punido por crime de responsabilidade se não seguir as restrições do Plano São Paulo.

Além de ingressar com a ADIN para derrubar o decreto que mantém o comércio funcionando de forma controlada, o Ministério Público também instaurou inquérito civil contra o prefeito para apurar eventual descumprimento de decisão judicial.

Para o Ministério Público, apesar de estar embasado na decisão do Tribunal de Justiça, que devolveu ao município o direito de regulamentar o funcionamento do comércio, o prefeito Caio Aoqui teria, supostamente, praticado ato de improbidade administrativa ao manter o comércio funcionando.


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