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Objetivo da ação é unificar protocolo de atendimento às vítimas e mobilização para acolhimento
A Prefeitura de Tupã, por meio da Secretaria de Assistência Social e a Rede de Proteção e Apoio à Mulher Vítima de Violência, apresentou na manhã desta terça-feira (30) as ações para consolidação da campanha “Rede Girassol”, que visa a mobilização da sociedade pelo fim da violência contra a mulher.
Para ampliar a atuação da Rede de Proteção o município desenvolveu um projeto, que objetiva transformar a comunidade tupãense em um agente de proteção às mulheres. “É preciso repensar como a sociedade pode amparar quem sofre algum tipo de abuso e também denunciar os agressores. O principal objetivo da iniciativa é unificar o protocolo de atendimento para que o cidadão e os atendentes saibam como agir diante de uma ocorrência”, explicou a secretária da Semas, Patrícia Fernandes.
A Rede Girassol atua no acolhimento, orientação e fortalecimento das vítimas de violência doméstica. Com uma equipe especializada, as vítimas de agressão física, mental, emocional, financeira ou moral, recebem atendimento de saúde, socioassistencial, psicológico e jurídico, e os encaminhamentos necessários para cada caso.
Conforme a Delegada de Defesa da Mulher da Polícia Civil, dra. Cristiane Braga, houve implantação de uma Pacto para o Enfrentamento da Violência Contra a Mulher. “Todos os membros estão comprometidos em reverter os índices de agressão intrafamiliar. Pensamos em ações possíveis e necessárias para que a tupãense saiba que ela não está sozinha, e os entes estão habilitados a prestar atendimento humanitário, comprometido e célere no encaminhamento aos órgãos competentes”, explicou.
O suporte às vítimas já estava preconizado, no entanto, o compromisso assumido visa debater o tema e encorajar o relato de situações de abuso. A agente da Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social (DRADS) de Marília, Célia Batista de Melo Jorge, palestrou no evento para destacar o quanto a cultura instaurada na sociedade brasileira dificulta a denúncia e interfere até mesmo na qualidade dos atendimentos nos serviços especializados.
“Isso está ligado ao que chamamos de ‘coisificação da mulher’, o homem vê a companheira como propriedade dele, e em caso de separação ele pensa ‘se não é minha, não será de ninguém’, e comete o feminicídio. Hoje, a mulher está empoderada, ocupando espaços que eram masculinos e o homem não admite vê-la superior a ele, e isso também resulta em violência. Precisamos educar nossos filhos e filhas para a igualdade de gêneros, e então reduzir estes crimes”.
Também participaram do evento de pactuação do atendimento em rede o vereador, Pastor Eliéser de Carvalho; a chefe de setor do CREAS, Jaqueline Vieira; a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Raquel Machado; o Capitão da Polícia Militar André Vander; diretora de Departamento de Saúde Mental, Nilcea Guandalini; a dirigente de Educação, Simone Matheus; a enfermeira de Controle de Infecção Hospitalar, Viviane Marques de Brito e a Assistente Social da Santa Casa, Jéssica Bardelim.
O prefeito Caio Aoqui ressaltou a importância da união das esferas da administração pública e da sociedade civil para consolidação dos projetos. “Queremos que o serviço que já acontece na cidade seja unificado, tenha mais clareza e agilidade, para podermos enfrentar a violência. Nosso compromisso é dar publicidade e apoiar a Rede Girassol. A jornada é longa, mas estamos no caminho certo”.
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