Uma grande força-tarefa, mobilizando cerca de 100 servidores municipais, foi criada pela prefeitura para organizar e limpar a cidade rapidamente após a forte chuva registrada nesta terça-feira (01/02). Segundo pluviômetro instalado no Almoxarifado da prefeitura, a chuva desta semana foi uma das mais intensas dos últimos anos, com mais de 110 milímetros de chuvas em apenas 40 minutos.  

Com as chuvas diárias que estão sendo registradas desde a semana passada, o volume pluvial já atinge cerca de 350 milímetros somente nos últimos 5 dias, índice considerado extremamente alto, mesmo para o período em que as chuvas são mais corriqueiras, como em todo início de ano.

De acordo com o secretário de Planejamento e Obras, Valentim Bigeschi, a última chuva com a mesma intensidade pluviométrica foi registrada há quase 10 anos, em 2013, quando um forte temporal destruiu parte da cidade. Naquele ano, várias ruas e vicinais ficaram sem a pavimentação asfáltica e pelo menos 13 pontos de ocorrências graves foram registradas, incluindo as ruas Aimorés, Caingangs, Lélio Piza, além da Praça 500 Anos, Vila Marajoara, vicinais Tupã Quatá e Tupã Queiroz, além de diversas pontes e estradas rurais, entre outros. 

Já neste ano os principais problemas foram na zona rural, onde a chuva danificou várias estradas, como da Santa Estela, Sete de Setembro e do Cemitério de Parnaso, além de algumas pontes, como a do Cotoco. 

Ele destacou, entretanto, que apesar das condições de trafegabilidade prejudicadas, nenhuma estrada rural precisou ser interditada. Outro problema foi verificado na avenida “Marechal do Ar Eduardo Gomes”, que recebeu grande volume de água e lama das propriedades às margens da via. 

Na área urbana, devido à grande quantidade de água escoada para o trecho canalizado do Córrego Afonso XIII, houve registro de alagamento em algumas residências. O grande volume de chuvas também fez o córrego transbordar a passagem das ruas Caingangs com a Manoel Ferreira Damião.

Já outros pontos que apresentavam alagamentos corriqueiros, desta vez não registraram maiores transtornos, como nas proximidades do pontilhão da Lélio Piza, a área defronte ao supermercado Varejão Gaspar, a Vila Marajoara.

Bigeschi enfatizou ainda que nenhum dano estrutural foi registrado na cidade e que os estragos registrados nesta semana, além de serem consideravelmente menores em comparação a 2013, podem ser considerados dentro da normalidade em caso de chuvas intensas em curto período de tempo. 

Para ele, a cidade resistiu melhor à forte chuva devido à eficácia e ao bom andamento da primeira das três etapas da obra de macrodrenagem. Para Bigeschi, apesar das obras ainda não terem sido iniciadas em pontos estratégicos como a avenida Tamoios, o trabalho realizado até o momento tem ajudado a evitar prejuízos e transtornos a uma grande parcela da população que historicamente aprendeu a associar fortes chuvas com sofrimento.