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Equipe da Secretaria de Meio Ambiente conhece reflorestamento no antigo Clube do Banespa
Área “deserta” se transformou em uma mata rica e exuberante;* própria para projetos ecológicos
Distante há aproximadamente 8;*5 quilômetros da cidade de Tupã;* encontramos no antigo Clube do Banespa;* também chamado pelos seus antigos sócios de “banespinha”;* uma área de mata reflorestada com mudas nativas na mata atlântica;* floresta amazônica e do cerrado também. A área está localizada cerca de 500 metros depois do Distrito de Universo;* as margens da Tupã 294.
O “banespinha” como é ainda é conhecido por muitos;* antes mesmo de transformar-se em clube para recreação dos seus antigos funcionários era uma grande olaria. “Compramos aquela área do senhor Pedro;* depois com a construção da nova agência construída em Tupã;* conversamos com os administradores do banco em São Paulo;* na época;* e eles nos deram todo o madeiramento para construir o barracão que tem lá até hoje”;* contou um dos antigos sócios do “banespinha”;* Olivas Flacon.
Flacon disse que o clube para recreação foi adquirido pelos antigos bancários em 1970;* onde construíram um barracão que se encontra até hoje. “Durante um tempo ficou parado;* até que os sócios decidiram transformar parte da área adquirida em um clube para esportes;* recreação e eventos sociais”. Muitas benfeitorias foram realizadas no clube como construção de campo para futebol de campo infantil e adulto;* piscina;* casa para o caseiro e vestiário. No final dos anos 90 a antiga lagoa que havia na área foi limpa e virou uma grande represa.
De acordo com Flacon muitos alevinos de diversas espécies foram soltos na represa. Ficou para encargo do clube;* reflorestar toda área ao redor do espelho d’água. Depois de muitos anos de atividades esportivas e recreativas;* o “banespinha” foi vendido recentemente para particulares. Mas o maior patrimônio deixado pelos seus antigos sócios é a mata nativa que foi plantada há cerca de 20 anos. A área que era arrendada para a plantação de culturas entre outros;* hoje dá lugar a uma rica e exuberante mata nativa formada por espécies de todo o Brasil. É um verdadeiro banco genético de espécies quase extintas nas florestas brasileiras.
As primeiras mudas foram plantadas durante os anos 90. “Fizemos a represa;* e a Polícia Florestal na época nos exigiu que plantássemos espécies de árvores nativas ao redor da represa que é a Área de Preservação Permanente (APP). Ganhamos muitas mudas da Flora Tietê;* em Penápolis;* muitos amigos e colegas do Banespa sabiam do nosso trabalho em reflorestar esta parte do clube que não utilizávamos e nos encaminhou sementes e mudas;* nós também formamos muitas mudas para posteriormente serem plantadas” contou Flacon.
O trabalho
A formação de uma mata nativa como a que se encontra no antigo Clube do Banespa não foi fácil formar. Muitos projetos governamentais e não governamentais que tem como intuito reflorestar APPs visando a proteção dos mananciais dos quais é sabido que garantem o abastecimento de água potável para a atividade econômico agropecuária e urbana e a vida vegetal e animal não são bem sucedidos como podemos observar no antigo “banespinha”.
O engenheiro florestal;* Bruno Berti;* diretor da Secretaria de Meio Ambiente;* que esteve com uma equipe da própria pasta visitando o bosque formado há cerca de duas décadas ficou surpreso com a mata formada. “A gente pode observar que para o crescimento destas árvores foi possível graças há um trabalho de muita dedicação e paciência;* pois existem no meio ambiente;* muitos obstáculos para a formação de uma mata nativa com muita variedade de espécies como esta. Muitas mudas acabam morrendo;* por falta de água;* ataques de formigas como a saúva;* pelo mato. Realmente o produtor rural que queira recuperar sua área com matas nativas tem que tomar estes cuidados como foi feito aqui. Muitas mudas foram substituídas;* regadas;* protegidas de gados com cercas onde os animais não se aproximam;* ou seja;* acompanhadas até que elas chegassem a um desenvolvimento auto-suficiente”.
Berti classificou a vegetação como mata secundária. “Esta mata daqui é secundária;* visto que a vegetação está em processo de regeneração avançado;* em local onde foi desmatado e onde a ação do homem não se dá há um longo tempo;* mas que ainda não conseguiu alcançar a altura máxima”. A visita da equipe da Secretaria de Meio Ambiente;* foi realizada nesta quinta-feira;* dia 19;* onde foi possível conhecer a área reflorestada através de trilhas existentes e outros caminhos que davam acessos pela mata que ocupa aproximadamente 2;*5 alqueires de um total de cerca de 4 alqueires.
A área que era puro areião hoje dá lugar há uma mata nativa onde se percebe que o ecossistema antigo começa a ser formado com o crescimento de outra mudas pela ação da pulverização de sementes de árvores maiores;* com o aparecimento de pássaros que encontram no meio da mata espécies de árvores frutíferas para alimentação. Há lugares onde é preciso abrir picadas;* outros que dão acesso fácil para conhecer como se comporta a natureza viva e em plena atividade.
Sustentabilidade
O lugar é uma verdadeira sala de aula onde pode conhecer a função da mata-ciliar ou APPs;* os mananciais como as nascentes;* córregos;* e a represa que tem uma vazão;* passando por tubulação em baixo a SP-294 e continuando na propriedade do outro lado da pista. Berti e equipe que percorreu a área conhecendo suas dimensões;* espécies e o ecossistema em formação disse que o lugar pode ser explorado pedagogicamente. “Aqui não pode mexer;* é protegido por legislação especifica. Mas provavelmente pode haver possibilidades de formar uma trilha ecológica;* para que alunos da rede pública e particular também conheçam a necessidade de se proteger a natureza e a função das árvores;* das matas e dos animais”;* explica Berti.
O lugar também é necessário para a preservação de espécies da flora brasileira. É um verdadeiro banco genético;* onde pode colher sementes para projetos de reflorestamento. Berti disse que fará uma reunião com o secretário de Meio Ambiente;* Renan Pontelli;* para falar sobre a existência da área de mata nativa e seu potencial pedagógico e ambiental. “Vamos conversar com os proprietários para falar sobre as potencialidades para transformar o lugar em uma aula sobre preservação do meio ambiente;* dos recursos naturais;* da flora e fauna”
Outra alternativa interessante é transformar a mata reflorestada em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) que é uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural;* ou seja;* sem desapropriação de terra. No momento que decide criar uma RPPN;* o proprietário assume compromisso com a conservação da natureza. Atividades recreativas;* turísticas;* de educação e pesquisa são permitidas na reserva;* desde que sejam autorizadas pelo órgão ambiental responsável pelo seu reconhecimento. Além de preservar belezas cênicas e ambientes históricos;* as RPPNs assumem;* cada vez mais;* objetivos de proteção de recursos hídricos;* manejo de recursos naturais;* desenvolvimento de pesquisas cientificas;* manutenção de equilíbrios climáticos ecológicos entre vários outros serviços ambientais.
Um dos proprietários;* o radialista Ângelo Neto;* disse que é importante que haja instrumentos para que se preserve a mata reflorestada. “O lugar é muito bonito. Até fizemos uma trilha para chegar à nascente”. Durante a caminhada;* a equipe da Secretaria de Meio Ambiente;* pode conhecer uma grande variedade de espécies como pau-brasil;* pau d’alho;* ipês;* cedro;* jequitibá;* jacarandás;* pau ferro;* seringueira;* mogno;* aroeira;* e muitas outras.
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