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Desenvolvimento Social - Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2023

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Conselho Tutelar promove palestra em escolas sobre gravidez na adolescência

Parceria entre Secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social e rede estadual trabalhou conscientização e prevenção


Uma campanha de orientação para prevenção à gravidez precoce foi desenvolvida pelo Conselho Tutelar de Tupã nas escolas estaduais. Os estudantes do primeiro ano do Ensino Médio colocaram perguntas em uma caixa, que foram respondidas por uma enfermeira da Secretaria de Saúde em palestras agendadas.

 

Pensando em manter a atenção dos jovens pela conversa, a enfermeira do programa de Estratégia em Saúde da Família, Karen Chiecco Bezerra, sanou questionamentos depositados nas caixinhas, além de apresentar os métodos contraceptivos oferecidos pelo SUS, e os serviços de saúde à disposição da população.

 

“Achei que seriam perguntas mais difíceis, mas eram coisas assim: Como engravida? Como faz higiene íntima? Conforme o que eles mandaram de dúvida, eu fiquei mais à vontade para conversar. Então a gente abordou o assunto que eles realmente queriam falar. A caixinha ajudou bastante”, comentou a enfermeira.

 

A ação executada no pré-carnaval teve como foco a importância do cuidado com o próprio corpo e do diálogo. A presidente do Conselho Tutelar, Aline Carolina Parmezan, afirmou que a apreensão pela gravidez precoce existe, por isso o Conselho faz seu papel de conscientizador. No entanto, apesar do interesse, algumas famílias não conseguem abordar este tópico com os filhos. 

 

“A rede de proteção está preocupada em promover informações e levar o conhecimento. Mas a gente também deve salientar que essa deve ser uma preocupação dos pais e responsáveis, com relação aos seus filhos. Ficamos à disposição caso existam famílias que não consigam falar desse assunto. Podemos fazer encaminhamentos também para psicólogos, pra trabalhar essa fase extremamente importante. Principalmente para as meninas”. 

 

Uma gestação não planejada, especialmente durante os anos escolares, traz muitas consequências para as famílias. Visto que, a realidade é transformada e pode até mesmo levar à evasão escolar. Para a secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, dra. Telma Tulim, o objetivo deste trabalho é refletir sobre a seriedade do tema e seus impactos para o futuro dos jovens.

 

“A gente sabe que a gravidez na adolescência muda a vida da pessoa. A gente vem aqui prevenir para que essas crianças tenham um futuro saudável, tenham as possibilidades todas à sua frente não interrompidas. Fico muito feliz de estar fazendo parte desse projeto e parabenizo a todos os envolvidos”, disse a secretária. 

 

Segundo a professora coordenadora pedagógica do Ensino Médio da EE Índia Vanuíre, Ana Maria Campione Zampieri Martins, diversas atividades são desenvolvidas com as turmas ao longo do ano letivo, em virtude da relevância do tema e da incidência de gravidezes nesta faixa etária.

 

“Temos casos de adolescentes que tiveram filhos e a vida delas mudou muito. Muitas não conseguem voltar a estudar, nós vivemos isso diariamente, então eu acho que tudo que for falado ainda vai ser pouco mediante a demanda”, a coordenadora informa ainda que os nonos anos também puderam debater sobre prevenção e autocuidado em atividades internas. 

 

“Às vezes a gente pensa assim: - ah, eles tão na internet, eles são bem informados, eles sabem de tudo. Mais ou menos, né? É numa conversa particular, numa conversa bem objetiva que você orienta melhor”, finalizou.

 

Esta parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo foi mediada pela Diretoria de Ensino — Região de Tupã, teve suporte dos professores de Gestão Pedagógica por Área de Conhecimento (CGPAC), visando conscientizar a faixa etária em que comumente se inicia a vida sexual.

 

A diretora da EE Luiz de Souza Leão, Thaís Pimenta Ramos, ressaltou a importância da parceria com diferentes entidades. “É uma forma da gente diversificar e ampliar universo escolar, porque a escola é uma micro sociedade. A gente tem que repercutir aqui dentro o que de fato acontece na sociedade e os problemas que nela vivemos”.

 

Todo projeto teve suporte do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), CRAS, e CREAS.

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