Com mais de 2.500 atendimentos e cerca de 22 mil exames realizados apenas neste mês, o laboratório municipal tem sido uma ferramenta de extrema importância no trabalho realizado pela Secretaria de Saúde para tentar manter sob controle as arboviroses em Tupã e um aliado poderoso no controle de outras enfermidades.
A equipe altamente treinada e a tecnologia comparável à dos melhores estabelecimentos deste gênero no país, fazem do laboratório municipal referência. E esta agilidade é fundamental para auxiliar no planejamento das ações de combate às arboviroses. A maior parte das cidades da região envia o material coletado de pacientes com suspeita de dengue e Chikungunya às regionais do Instituto Adolfo Lutz em Marília e Prudente. Como estes laboratórios recebem material de várias cidades, normalmente, nestes casos, o resultado demora cerca de 30 dias para retornar ao município.
“Em Tupã, o resultado sai praticamente na hora. Com isso, temos capacidade de passar estas informações em tempo real aos setores competentes, que analisando os dados, sabem exatamente onde estão ocorrendo mais casos e, com isso, planejar uma resposta rápida contra o avanço das arboviroses”, detalha Edi Carlos Iacida, responsável pelo laboratório.
Além dos exames, o laboratório faz o monitoramento hemodinâmico dos pacientes que contraíram arboviroses. Isso permite que haja um acompanhamento minucioso que, em muitos casos, pode salvar vidas. “Detectada a doença, o acompanhamento diário permite uma contagem do número de plaquetas, leucócitos e hematócritos. Se os exames continuarem mostrando uma queda, o paciente é encaminhado para internação”, acrescenta o responsável pelo laboratório.
Chikungunya
Recentemente, a imprensa destacou que o município de Tupã concentra quase metade dos casos de chikungunya no estado. Este dado, entretanto, traz embutido em si uma informação ainda não analisada: na realidade, não é o número de casos da cidade que é alto, mas é a agilidade na divulgação dos dados que permite saber, com precisão a quantidade exata de pacientes.
De acordo com o especialista, em outros municípios o número pode ser igual ou maior, mas não existem dados para comprovar. “O material dos casos suspeitos é coletado e encaminhado para São Paulo para análise. Neste caso, o processo leva, em média, um mês para ser concluído. Ou seja, entre a suspeita e a confirmação, praticamente um mês se passou. Já em Tupã, o resultado é imediato”, concluiu Iacida.
Tupã