Em uma verdadeira noite de gala, a cerimônia de encerramento emocionou os presentes na cerimônia de encerramento.
Um dos maiores eventos destinados aos artistas de Tupã chegou ao final de suas atividades na noite de ontem.
Da mesma forma grandiosa que foi a abertura do 17º Salão de Belas Artes, assim foi a cerimônia de encerramento. Com a presença de artistas, admiradores das artes e políticos, a cerimônia teve início às 20 horas, como previsto, e terminou deixando a sensação de “berço vazio”, ou o gostinho de “quero mais”.
Foram mais de duas mil visitações de pessoas de várias partes do estado, além da presença da população. Uma exposição de encher os olhos daqueles que admiram a arte e se sensibiliza com o que é a expressão máxima de uma artista, sua obra. Foram mais de 70 artistas, todos cadastrados no Cartim (Cadastro Artístico Municipal), que totalizaram mais de 300 obras expostas nesses 21 dias de exposição.
Os números grandiosos não se limitam, apenas, na quantidade de artistas que apresentaram suas obras, ou a quantidade de obras que honraram o Salão, mas na quantidade de pessoas que se interessaram pelas obras locais, se interessando pela compra ou por fazer cursos de pintura, escultura ou charges. Muitas das obras que estavam no Salão puderam ser negociadas pelos próprios artistas, outras pessoas optaram por procurar os artistas e fazer encomendas exclusivas de arte.
Regina Helena Abromawichos, Olga Tomoko , Roseli Satres, Silvana Nakamura, Sônia Tayano, Amauri Iuconvite para citar, apenas, alguns dos grandes nomes da arte tupãnse que abrilhantaram a exposição com seus trabalhos.
Regina Helena Abromawichos, moradora do distrito de Varpa, faz pintura em lona (lona utilizada para cobrir carroceria de caminhões) em grandes proporções. Uma das maiores telas da exposição é dela com a obra “Fruto da terra” com dimensão de 140x210. Na tela Regina expressa a vida simples do índio em família.
Olga Tomoko e Roseli Satres pintam em diversos estilos. Ambas tiveram suas obras expostas, em julho, no “13º Salão de Artistas Paulista”, representando o artista tupãense.
A artista plástica Silvana Nakamura, também moradora de Varpa, apresentou suas peças artísticas trabalhadas em um estilo pouco convencional, o “picassete”. Este estilo é a valorização dos cacos de porcelana que nas mãos da artista tornam-se verdadeiras obras de arte.
Sônia Regina Tayano expôs suas telas, que não são pinturas, mas uma tela produzida por talagarça e lã. São releituras bordadas em tela.
Amauri Iuconvite contribuiu com esculturas em madeira enriquecer o acervo do 17º Salão de Belas Artes.
Estes são, apenas, alguns representantes dos 70 artistas que contribuíram para o sucesso da exposição. “Deixemos a modéstia a parte, não deixamos a desejar em nada neste evento. Ficamos muito orgulhosos e felizes pela disponibilidade dos artistas em ofertarem suas obras para a exposição, felizes por ver o cidadão tupãense veio privilegiar nosso trabalho. É um pequeno passo cultural, mas um grande incentivo para os amantes da arte”, comenta, o vereador, Luis Carlos Sanches.
“Fazer esta exposição foi muito gratificante. Conseguimos mostrar que nossos artistas plásticos são muito bons, que seus trabalhos são impecáveis. Nossa exposição não perde para nenhuma bienal de grandes centros”, disse, satisfeita, Iolanda Soler, diretora de planejamento e eventos da Secretaria da Cultura.
O 17º Salão de Belas Artes buscou, neste 21 dias, aproximar os trabalhos artísticos de pessoas locais, ao cidadão comum. Foram artes de diversos estilos, técnicas e uma grande variação de temas. Além de tradicionais pinturas impressionistas, retratos, paisagens, réplicas e releituras, o salão buscou quebrar uma barreira que limitava a valorização do artista local. As portas das escolas foram abertas para receberem um acervo, especialmente, preparados para os estudantes. Obras foram levadas colocadas em lugares de acesso fácil para os estudantes.
“Foi incrível ter um pedacinho da exposição em nosso pátio. As crianças viram que tinha algo de diferente, ficaram meio ariscas. Mas, logo começaram a perguntar para os professores e funcionários o que eram aqueles quadros. Logo, queriam conhecer todas as obras do Salão”, comentou Rosangela Coelho, direto da Escola Joaquim Abarca .
O ponto alto do encerramento ficou por conta do Secretário da Cultura, Charles do Passos, que em sua fala no discurso, fez uma homenagem a Cidinha Faleiros. “Uma das grandes artistas de Tupã nos deixou neste mês de julho, pretendíamos tê-la como uma das homenageadas, mas alguns dias antes da abertura da exposição ela foi internada. Pouco tempo depois ela nos deixou. Sua memória, jamais, será esquecida. Ela gentilmente cedeu seu nome a Lei Municipal que cria o Sistema Municipal de Cultura. Só me basta agradecer a essa grande lutadora”, disse o Secretário, com voz embargada.
O “17º Salão de Belas Artes” faz parte do “Prêmio Nacional de Artes”, que a prefeitura da Estância Turística de Tupã, promoveu por meio da Secretaria da Cultura.
Tupã