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Audiência pública será realizada no dia 09/04;* a partir das 20:00hs
Esclarecimentos para Plano de Mobilidade
1 - O que é um Plano de Mobilidade Urbana - PMU?
O Plano de Mobilidade Urbana é o instrumento de planejamento da mobilidade de uma cidade. De acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU - Lei 12.587/2012) todos os municípios brasileiros que possuam mais de 20 mil habitantes devem elaborar esse Plano até abril de 2015. Se o Plano não for elaborado no prazo ou não seguir às diretrizes mencionadas acima;* as cidades não receberão mais verbas federais destinadas à mobilidade urbana;* até que cumpram as exigências da PNMU.
2 - Como o Plano de Mobilidade pode mudar os deslocamentos da cidade?
Um bom Plano deve ser feito de forma participativa e transparente;* garantindo que os investimentos e o planejamento em mobilidade ocorram de forma ordenada e levem em conta as reais necessidades das pessoas.
Além disso;* precisa tornar universal o acesso aos meios de deslocamento disponíveis na cidade;* priorizando o transporte não motorizado e o coletivo e desestimulando o uso do carro. O Plano ajuda a garantir que as obras feitas para a mobilidade deixem de ser intervenções pontuais e façam parte de um conjunto que vá realmente mudar a realidade dos deslocamentos das pessoas;* democratizando o uso do espaço da cidade e o acesso aos serviços essenciais que ela guarda. Um bom plano;* se implementado corretamente;* ajuda a construir uma cidade boa para você e para o meio ambiente.
3 - O que mobilidade tem a ver com meio ambiente?
O setor de transportes é o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do Brasil. Grande parte dessas emissões (49%) decorre do uso diário e em larga escala do carro e de outros meios individuais motorizados. Esses gases causam o aumento da temperatura global;* levando a eventos climáticos extremos e à intensificação dos desastres naturais.
Uma mobilidade baseada no uso de meios de deslocamento não motorizados e coletivos é essencial para reduzir a utilização diária do automóvel e;* consequentemente;* as emissões do setor.
4 - Bons exemplos para a mobilidade
Bogotá
A mudança radical na mobilidade urbana começou com a instalação do sistema BRT (bus rapid transport) Transmilenio;* com corredores exclusivos de ônibus;* restrição ao estacionamento de carros em vias públicas e construção de passarelas e ciclovias - desde 1998 mais de 300 km foram construídos. Uma pesquisa do jornal El Espectado mostrou que 1 a cada 5 usuários de automóveis migrou para o BRT atraídos pela sua rapidez e baixo custo. De fato;* a tarifa do Transmilenio é barata se comparada com o padrão brasileiro: R$1;*85 nos horários de pico e R$1;*55 nos horários de menor fluxo.
Amsterdã
Cerca de metade da população utiliza a bicicleta;* como resultado de décadas de investimento em infraestrutura para viabilizar esse meio de transporte. Hoje a cidade conta com mais de 400 km de ciclovias bem sinalizadas e com bicicletários. Só na Estação Central;* o bicicletário comporta mais de 8 mil bicicletas. Além disso;* as bicicletas podem ser transportadas nas redes ferroviária e metroviária.
Portland
Uma das primeiras a implementar o conceito “bairro de 20 minutos”;* que propõe a construção de uma estrutura básica nos bairros (por exemplo escola;* hospital;* mercados;* centros comerciais e de lazer);* reduzindo grandes deslocamentos e permitindo que as pessoas façam tarefas cotidianas a pé ou de bicicleta. O resultado é a valorização e o desenvolvimento das comunidades locais;* o desestímulo ao uso de carros e uma melhoria na qualidade de vida e do ar da cidade.
Nova York
Em 2008;* o Departamento de Transportes de Nova York apresentou o Sustainable Streets (Ruas Sustentáveis);* um plano com 164 ações voltadas para a política de transportes da cidade. As mudanças;* sobretudo as relacionadas ao ciclismo;* ganharam mais corpo em 2009;* quando uma parte da Times Square;* no coração da cidade;* passou por uma profunda reforma voltada para a priorização do pedestre e do ciclista;* tornando-se uma área livre de carros. Além disso;* houve aumento da infraestrutura cicloviária e a introdução do sistema BRT (bus rapid transit) em alguns bairros.
Fonte: http://www.greenpeace.org.br/cade/panorama/MG
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