A crise econômica;* que vem comprometendo os municípios e dificultando cada vez mais a ação dos gestores;* foi a tônica da última assembleia da Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista (AMNAP);* realizada sábado;* na cidade de Adamantina.
Para o prefeito de Tupã;* Manoel Gaspar;* que participou da assembleia com mais 15 prefeitos da região;* a ausência de vários prefeitos reflete o clima de desânimo que tem atingido várias prefeituras;* em função dos sucessivos cortes nos repasses do Fundo de Participação do Município (FPM) e Impostos Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);* quedas na arrecadação e aumento das despesas e obrigações.
“O objetivo maior da reunião era discutir alternativas para minimizar a crise econômica;* que tem afetado o país;* os estados;* mas que acabam tendo maior impacto nos municípios;* que não dispõe de grandes fontes próprias de arrecadação e dependem dos repasses do Estado e da União. E uma das medidas que precisam ser adotadas pelos prefeitos é justamente combater o desânimo e o pessimismo com união;* mobilização;* troca de experiências;* criatividade e coragem para colocar em práticas ações que eventualmente possam desagradar;* mas que são fundamentais para garantir o funcionamento da estrutura administrativa e;* dessa forma;* manter o atendimento da população”.
Gaspar também informou que os prefeitos defenderam a necessidade de sensibilizar e conscientizar a população de que a crise não é exclusiva de uma ou outra prefeitura do município;* além de mobilizar os segmentos organizados da comunidade para que haja maior compreensão e apoio aos gestores.
“Hoje;* acredito que todos as prefeituras;* sem exceção;* estão sofrendo com a crise. É preciso que a população saiba que além da constantes quedas nos repasses e na arrecadação;* as prefeituras estão sendo obrigadas a assumir cada vez mais encargos em praticamente todos setores e não só na área da saúde;* da educação;* assistência social e infraestrutura. Isso tem provocado a falência tanto financeira quanto administrativa das prefeituras”;* explicou.
O prefeito de Tupã ressaltou ainda que a assembleia da AMNAP também representou uma oportunidade para avaliar positivamente as medidas que estão sendo adotadas em Tupã. Segundo Gaspar além de sofrer com os cortes nos repasses;* a prefeitura de Tupã foi prejudicada também pela decisão judicial que extinguiu vários cargos da estrutura administrativa;* que poderia comprometer a manutenção de diversos serviços e programas oferecidos à população. Apesar disso;* apontou o chefe do Executivo;* a prefeitura conseguiu se reorganizar e com apoio e dedicação dos secretários e servidores;* tem conseguido;* dentro das possibilidades;* atender às demandas apresentadas pela comunidade.
“Apesar de todos esses contratempos;* continuamos;* mesmo com algumas adequações;* atendendo à população em suas principais necessidade. Isso comprova que a administração tem trabalhado corretamente;* otimizando seus recursos financeiros e humanos para que a população não seja prejudicada. Infelizmente outros municípios da nossa não têm conseguido obter os resultados que estamos alcançando aqui em Tupã e foram obrigados a adotar medidas mais drásticas como a redução do expediente ou fechamento de setores de máquinas e veículos em dias da semana”;* enfatizou.
Vários prefeitos que participaram da reunião;* reforçaram os apontamentos de Gaspar. O prefeito de Junqueirópolis e presidente da AMNAP;* Hélio Furini;* enfatizou que a crise é nacional e não atinge exclusivamente um ou outro município;* mas de todos. “Todos os municípios estão sofrendo com a crise;* sendo obrigados a realizar cortes;* reduzir o atendimento;* cancelar investimentos;* paralisar obras. E é com objetivo de buscar alternativas para minimizar essas dificuldades que estamos nos mobilizando;* porque somente unidos os municípios terão mais força para fazer valer nossas reivindicações junto aos governos federal e estadual”;* afirmou.
O prefeito de Parapuã;* Samir Pernomian;* revelou que com cortes nos rapasses;* as despesas fixas dos municípios já são maiores que a receita. “O crescimento vegetativo da folha de pagamento é hoje um dos problemas mais difíceis de conter. Na falta dos governos do Estado e Federal;* são os municípios que sofrem. E a população cobra quem está mais próximo;* que são os prefeitos”;* criticou.
Já Ivo Santos;* prefeito de Adamantina;* alertou que se a situação não melhorar as prefeituras enfrentarão muito mais dificuldades no final do ano;* quando as despesas aumentam em função do pagamento do 13º salário dos servidores. “Estamos discutindo em conjunto e trocando experiências para tomar uma decisão conjunta. A situação é séria e as prefeituras terão que tomar medidas severas para conseguir administrar até o final do ano;* quando todas as prefeituras fatalmente terão muitas dificuldades para cumprir com o pagamento do 13º dos servidores”.
O prefeito de Tupi Paulista;* Osvaldo Benetti;* falou sobre a necessidade de maior apoio e compreensão dos poderes Judiciário e Legislativo;* e sobretudo do Ministério Público;* que também podem contribuir para não agravar as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras. Ele também defendeu que os prefeitos da região tomem decisões de maneira conjunta;* em bloco;* para evidenciar que não se trata de uma questão local;* e sim um entendimento conjunto sobre o problema econômico que atinge o Brasil com o um todo.
Tupã