Há cerca de cinco anos;* tiveram início no Brasil as campanhas de vacinação contra o HPV;* doença sexualmente transmissível responsável pela maioria dos casos de câncer de colo de útero;* pênis e garganta. O público alvo da vacina são meninas de 9 a menores de 15 anos e meninos de 11 a menores de 15 anos.
Segundo o Ministério da Saúde;* entre 2014 e 2018 foram vacinadas nesta faixa etária;* 5;*9 milhões de meninas com a segunda dose da vacina;* o que representa 49;*9% do público-alvo. Em relação à primeira dose;* a cobertura vacinal nas meninas é de 70;*3%. Já entre os meninos;* a cobertura foi de 20;*1%.
Em Tupã;* segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde;* no ano de 2018;* apenas 216 crianças e adolescentes na faixa de 9 a 13 anos receberam a primeira dose. Já a segunda dose;* foi aplicada em 167;* nas idades de 9 a 11 anos.
De acordo com a enfermeira responsável pelo setor de vigilância epidemiológica;* falsos rumores sobre riscos da vacina são fatores que impedem uma maior cobertura vacinal.
“Muitos pais têm medo de que a vacina traga riscos à saúde ou provoque alergias e outros tipos de efeitos colaterais e;* por isso;* não levam seus filhos para vacinar”;* explicou. “Estes populares grupos antivacina têm desmotivado a procura pelas doses;* não só contra o HPV;* mas para demais doenças;* como gripe;* sarampo;* febre amarela;* entre outras”;* enfatiza Joselaine.
Cabe ressaltar;* que a prevenção é um dos principais aliados no combate ao câncer de colo do útero;* uma delas é a vacina. Falar de diagnóstico precoce é sempre importante;* pois considerando que o tumor de colo do útero é uma doença com sintomas silenciosos;* muitas vezes as mulheres perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase inicial.
A vacina
A enfermeira reforça que a vacina é segura e de extrema importância na prevenção ao HPV;* doença transmitida pelo “Papiloma Vírus Humana”;* que causa cânceres e verrugas genitais. “A vacina só pode ser administrada na adolescência;* daí a importância da conscientização. Pode ser aplicada inclusive em pacientes com HIV e em tratamento de câncer”.
Em Tupã;* as doses estão disponíveis em todas as Unidades de Saúde;* basta que os pais ou responsáveis levem a criança ou adolescente a uma delas;* munido da carteira de vacinação. São necessárias duas doses;* com intervalo de seis meses entre cada uma delas.
Sinais e Sintomas do HPV
A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos;* o HPV pode ficar latente de meses a anos;* sem manifestar sinais visíveis. A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e;* consequentemente;* provocar o aparecimento de lesões.
A maioria das infecções em mulheres;* sobretudo em adolescentes tem resolução espontânea;* pelo próprio organismo;* em um período aproximado de até 24 meses. As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre;* aproximadamente;* 2 a 8 meses;* mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção.
As manifestações podem acometer vulva;* vagina;* colo do útero;* região perianal;* ânus;* pênis (geralmente na glande);* bolsa escrotal ou região pubiana. Menos frequentemente;* podem estar presentes em áreas extragenitais;* como conjuntivas;* mucosa nasal;* oral e laríngea. Mais raramente;* crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe.
Tupã