“Leitores e Leituras” traz Memórias de um Sargento de Milícias para ser discutido.

Planejamento e Infraestrutura - Terça-feira, 17 de Setembro de 2013


“Leitores e Leituras” traz Memórias de um Sargento de Milícias para ser discutido.

No dia 18 de setembro, será realizada uma nova edição do Projeto Leitores e Leituras, parceria entre a Prefeitura Municipal de Tupã através da Secretária de Cultura, com a intercessão da Biblioteca “Tobias Rodrigues” e a Faculdade da Alta Paulista (FAP), intermediada pelo curso de Letras.

A palestra será na Biblioteca Municipal, “Tobias Rodrigues às 9h da manhã” na Avenida Tamoios 1685, centro, contando com a presença de 150 alunos do ensino médio da Etec Prof Massuyuki Kawano e da população interessada.

O Projeto tem por objetivo promover e incentivar o conhecimento, a leitura e tem a finalidade primordial de ampliar o nível de conhecimento da comunidade; dispondo de informação e lazer, expressos em palestras, textos e imagens.

Grandes motivadores do Projeto o Prefeito Manoel Gaspar e o Vice Thiago Santos, destacam a importância da leitura e do conhecimento para um crescimento intelectual e formativo da população.

“É através da leitura que o cidadão aprimora seu vocabulário, descobre novas formas de viajar e cresce como pessoa e ser humano, o Projeto Leitores e Leituras só vem agregar mais valores e conhecimentos aos nossos estudantes, com esta belíssima parceria com a Faculdade e com o Professor e Pós doutor João Adalberto Campato Jr podemos passar mais informações e novos olhares sobre as obras ricamente estudadas no projeto.” Comentou o vice Thiago Santos.

O tema e o autor escolhido para esta edição do Projeto Leitores e Leituras é MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS (Manuel Antonio de Almeida) eis um resumo feito pelo palestrante do Projeto Leitores e Leituras, João Adalberto Campato Jr, que é Pós-Doutorando pela Universidade de São Paulo (USP),é Pós-Doutor pela UNICAMP e pela UERJ, autor de vários livros e Professor do Curso de Letras da Faculdade da Alta Paulista de Tupã. (FAP).

Um primeiro aspecto que releva notar em Memórias de um sargento de Milícias (1853), de Manoel Antônio de Almeida (1831-1861) é seu caráter, em certo sentido, excêntrico: a obra afasta-se, por assim dizer, dos padrões literários mais em voga do romantismo brasileiro. Se se pensar em certo realismo que domina a obra, então, teremos claro em que consiste esse afastamento: distância do indianismo, do nacionalismo engajado, da idealização generalizada, de um estilo solene e pomposo, de uma trama excessivamente sentimental e de certo enaltecimento da dor e do sofrimento como elementos de redenção humana.

O realismo aí identificado, porém, não é de índole programática e sistemática, não se dá à luz da inspiração positivista, como mais tarde se verificará na literatura do Brasil; pelo contrário, trata-se de uma disposição do autor, autêntica, natural e espontânea, para observar a realidade de um ponto de vista mais direto, objetivo, preciso e fiel. Daí o aspecto de crônica de costumes que toma a narrativa: Manuel Antônio de Almeida retrata a vida colonial do Rio de Janeiro, no tempo de D. João VI (1808-1821), dando atenção às camadas inferiores da sociedade (meirinhos, parteiras, malandros, vagabundos etc.), descrevendo-lhes, sem nenhuma concessão à idealização, o comportamento e os costumes (as festas, as relações sociais, o folclore musical, a vida religiosa, o “jeitinho brasileiro” etc.). Trata-se, além do mais, de um realismo perpassado de humor, pelo qual o narrador critica, em tom de deboche, as situações protagonizadas pelas personagens. Modernamente, duas correntes críticas preponderam na interpretação do livro: uma que considera a obra um romance picaresco, e outra, elaborada por Antonio Candido e seguida pela maioria dos estudiosos, que vê a narrativa como um “romance malandro”.

Seja como for, é bom ter em mente que as Memórias constituem um dos poucos romances cômicos do romantismo nacional, afastando-se dos traços idealizantes caracterizadores de boa parte das obras “sérias” dos autores de então. O modo pelo qual as Memórias pintam a sociedade, representando-as a partir de um ângulo abertamente cômico e satírico, era relativamente novo nas letras brasileiras do século XIX, só encontrando paralelo nas peças teatrais produzidas pelo comediógrafo Martins Pena (1815-1848), conforme observa Mamede Mustafá Jarouche (Galhofas sem Melancolia, Ateliê Editorial, 2007, p.49).

A Secretaria de cultura responsável pela Biblioteca Municipal sente notável alegria pelo sucesso do Projeto que trás a essência da leitura como base para formação de indivíduos mais conscientes e mais conhecedores da história literária de nosso país.

“As palestras ministradas pelo professor e pós doutor, João Adalberto Campato Jr, possuidor de um excelente currículo, cada vez surpreende mais os alunos que participam do Projeto, eles que estão em fase de vestibulares adquirem com as palestras informações úteis da literatura e dos autores,”.Finalizou o Secretário de Cultura Charles dos Passos


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