As entidades inscritas no CMDCA de Tupã (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) desenvolveram durante o mês de maio ações socioeducativas e contra a violação de direitos dos próprios assistidos, como parte das ações da Campanha Faça Bonito.
Conforme a presidente do CMDCA, Maria Regina de Oliveira Alves, entre as instituições que aderiram ao Faça Bonito estão: CIM (Centro de Integração da Criança e Adolescente), Legião Mirim, Projeto Social Alto Sumaré, Futebol Tupã-SP, projeto GAV (Grupo de Amigos e Voluntários de Tupã), Lar Santo Antônio, Fundação Mirim, Rede Feminina de Combate ao Câncer, APAE, Casa do Garoto e a BETHEL.
A fim de estabelecer uma comunicação mais objetiva com as crianças, o CIM propôs a dinâmica do Semáforo do Toque. Esta atividade didática visa ensinar a criança quais partes do corpo dela podem ser tocadas e quando o toque pode ajudar a identificar comportamentos abusivos. “Nessa atividade a criança marca no corpo de um boneco o vermelho (pare) na região da boca, mamas, e genitálias feminina e masculina; marca de amarelo (atenção) as coxas e a barriga; e de verde (pode seguir), a cabeça, mãos, pés, ombros e joelhos. Isso leva a vítima a compreender o que é permitido no contato com adultos”, explicou.
Todas as entidades que aderiram à Campanha Faça Bonito promoveram com os públicos atendidos ou com os pais/responsáveis alguma forma de diálogo para apresentação do tema, desde palestras a oficinas de confecção da flor símbolo da campanha. Conforme a secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Dra. Telma Tulim, tratar de abuso e exploração sexual é sempre muito penoso, mas quando tratado mais tranquilamente, incentiva-se a denúncia.
“A exploração é quando você usa o corpo ou a imagem da criança para obter lucro, e o abuso é quando você obriga a criança ou jovem a assistir filmes pornográficos e se expor a atos libidinosos. Há uma diferença entre os crimes, mas é a questão da sexualidade que vem à tona. Por isso, a criança e o adolescente precisam compreender o que é um toque lascivo, e quando esse carinho feito por um adulto é errado”.
A secretária informa ainda que comumente as vítimas só percebem terem sofrido na infância ou adolescência alguma forma de violência quando estão na fase adulta. Provando ser essencial manter iniciativas relacionadas ao tema além do Maio Laranja, mês de combate ao abuso e à exploração sexual.
Tupã