"O Festival do Folclore já começou grande". Essas foram as palavras usadas pelos organizadores da primeira edição do evento, que reuniu cultura, arte e educação, durante os dias 1 a 3 de setembro, na Praça da Bandeira. A parceria entre a Prefeitura e o Instituto Luiz Bertazzoni de Arte e Cultura resultou em mais de 30 atividades às crianças e de 50 apresentações artísticas para a população.
Foram mais de 1.320 crianças no período da manhã e da tarde nas gincanas e contação de histórias do “minifestival do folclore”, nos dois primeiros dias. À noite, o Espaço Cultural José Anselmo Filho – “Zé Pretinho” ficou repleto de famílias e amigos, que prestigiaram as apresentações das escolas municipais, do Instituto Luiz Bertazzoni e de grupos artísticos de Tupã e de outros municípios, durante as três noites de evento.
O Festival do Folclore é uma festa tradicional no município de Olímpia-SP, conhecida por ser a Capital Nacional do Folclore. À exemplo da cidade olimpiense, que iniciou o projeto dentro de uma sala de aula com o professor José Sant’anna, Tupã também deu início ao festival através da educação.
"Fomos até Olímpia, conversamos com o pessoal da secretaria de Cultura e de Educação para saber como eles desenvolviam todas as atividades e, quando teve o Festival do Folclore, voltamos para ver de perto como tudo acontecia. Vimos as brincadeiras, exposições, as apresentações das escolas e como era o festival à noite. Trouxemos para cá no mesmo formato”, disse a professora Solange Schinor, uma das organizadoras.
Além dos ensaios para as apresentações, as escolas trabalharam o folclore dentro da sala de aula, por meio de atividades e exercícios educativos. De acordo com o secretário de Educação, Cultura e Esporte, professor Valdir Berti, o objetivo com o projeto foi atingido. "Não é só mostrar esse embelezamento ao público. Para nós, da educação, o importante é que a criança aprenda sobre esses conteúdos, as regionalidades e o folclore brasileiro".
Para que as crianças se divertissem e aprendessem com o festival, durante o dia foram realizadas as brincadeiras folclóricas, contação de histórias, parlendas, ditos populares e, à noite, as apresentações das danças. Professores, coordenadores pedagógicos, diretores, vice-diretores e funcionários das escolas se prepararam durante três meses para que tudo fosse preparado para resgatar a identidade social brasileira e mostrar a cultura do país às crianças.
"Com essas brincadeiras pudemos resgatar o folclore brasileiro com as crianças, tirá-las da parte digital, da televisão e do Tik Tok, para elas ouvirem aquelas canções maravilhosas que aquecem nosso coração. As crianças de todas as escolas municipais participaram em massa", explicou a chefe de setor dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), Andreia Benício Doretto.
O presidente do Instituto Luiz Bertazzoni de Arte e Cultura, Charles dos Passos, acredita que o evento tem tudo para ter sequência e virar um tradição do município. "Estou me sentindo muito feliz de ter contribuído para a realização desse festival, que foi um sucesso, haja vista o horário que se estendeu as apresentações e a população continuou prestigiando. Todos os dias lotados, isso quer dizer que a população abraçou esse projeto e, se Deus quiser, ano que vem vamos realizar um festival muito maior, contando sempre com as crianças e a população de Tupã".
E se depender do Poder Público, a ideia é que o festival permaneça no calendário oficial do município e ganhe proporções ainda maiores do que o da primeira edição, conforme explicou o subsecretário de Cultura, Luís Carlos Sanches. "Para ano que vem, queremos envolver as escolas estaduais, particulares, trazermos outros grupos folclóricos e parafolclóricos da nossa região, e fica aqui nosso agradecimento à toda população que compareceu".
Tupã