13 dias. Esse foi o tempo que o Mutirão da Limpeza, o primeiro de 2023, levou para fazer o recolhimento de materiais inservíveis em todos os bairros do município e nos distritos de Parnaso, Universo e Varpa. A ação que começou no dia 1º de fevereiro, encerrou-se nesta quarta-feira (15) em tempo recorde. Apenas aos domingos, a força tarefa não atuou.
Em média, o Mutirão era realizado em 40 dias, mas a quantidade de chuvas no início deste ano preocuparam o prefeito Caio Aoqui, que decidiu agilizar o processo a fim de eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya).
Um dado que revela o aumento das chuvas neste início de ano está no nível de água do Sistema Cantareira, um dos principais reservatórios de água do estado de São Paulo. De acordo com a atualização desta quarta (15), o reservatório atingiu 62.4%, o maior nível dos últimos seis anos. A grande quantidade de chuva é um fator positivo, mas tem seu lado ruim, explica o prefeito.
"Estamos em alerta porque nunca teve um início de ano com tanta chuva, praticamente todo dia está chovendo. Dessa forma, o mato cresce muito rápido, ocorrem os acúmulos de água e esses fatores contribuem para a proliferação do Aedes aegypti, consequentemente aumentando os casos de dengue", disse Caio Aoqui.
Mesmo com o ambiente propício para a propagação do mosquito, o chefe do Executivo afirma que a situação está controlada na cidade, em comparação com os municípios vizinhos, pertencentes à região da Alta Paulista. O Mutirão da Limpeza foi uma das ações da Prefeitura para justamente intensificar os trabalhos de prevenção.
"A gente vê Osvaldo Cruz com mais de 400 casos, Dracena perto dos 200, Adamantina passando dos 300 e Tupã com cerca de 80 casos. É claro que é um número acima do normal no mês de fevereiro, mas isso ocorre por conta das chuvas. A gente precisa também que as pessoas olhem dentro de suas casas, pois sabemos que o grande número de casos de dengue está dentro das residências", conta o prefeito.
Segundo o secretário municipal de Agricultura e um dos coordenadores do Mutirão da Limpeza, Anderson Luiz, sem contabilizar o trabalho de hoje (15), aproximadamente 300 caminhões foram recolhidos. Entre os materiais mais apanhados estão forro de PVC, pia velha, armário, sofá, colchão, pneu e diversos recipientes de acúmulo de água.
“Uma ação do prefeito Caio Aoqui, preocupado com a saúde da população, sabendo que estamos vivendo dias atípicos de muitas chuvas. Ele pediu para que pudéssemos realizar essa ação em tempo recorde e bem feita, e conseguimos. Quero agradecer as empresas Cical, Amaralina e Sabesp que cederam caminhões para que pudéssemos agilizar o trabalho”, conta o secretário.
O Mutirão da Limpeza é dividido em três frentes. Além do recolhimento de materiais inservíveis, compõem as ações da força tarefa a roçada de guias, sarjetas, terrenos e espaços públicos, e também a nebulização de larvicida. Por se tratar de um serviço mais demorado e trabalhoso, a roçada ainda seguirá os trabalhos no decorrer do mês, com o uso de biolarvicida na sequência.
O secretário municipal de Meio Ambiente, José Rodrigues - "Zé Vinagre", reitera que os terrenos que não estiverem limpos, podem ser multados pela prefeitura. "Quem tem seu terreno deve manter limpo. Os que não estiverem serão multados. Estamos roçando todos os terrenos, sejam particulares ou espaços públicos, para que deixemos a nossa cidade limpa".
Serviços
Quem perdeu o dia do Mutirão da Limpeza e não teve seu material recolhido, deve entrar em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio do telefone (14) 3496-3346, para agendar sua coleta.
Tupã