A 2ª Caminhada em Defesa do Autismo foi realizada no sábado (1º) e reuniu centenas de pessoas. O evento foi uma ação conjunta do Grupo Infinito Autismo Tupã, Prefeitura, Câmara Municipal e Grupo Autismo Tupã, aberta a quem quisesse participar, incluindo amigos, familiares, entidades, grupos e associações, bem como, a sociedade em geral, defensores da causa em Tupã.
A mobilização de sábado foi por conta do Dia Mundial do Transtorno Espectro Autista, lembrado no domingo (2). A concentração ocorreu em frente à Praça do Estádio, às 9h. As pessoas desceram pela avenida Tamoios até à rua Carijós, onde aconteceu a dispersão. Com faixas e cartazes, a caminhada pediu a conscientização e sensibilizou o público do comércio na luta pela inclusão.
O prefeito Caio Aoqui prestigiou o evento e conferiu o apoio da Prefeitura de Tupã, através das secretarias de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e de Saúde. A Câmara Municipal também esteve representada pelos vereadores Israel Velloso da Silva Neto - Tutu, Marcos Gasparetto e Professora Cris Vicente. O evento contou ainda com a participação dos alunos da APAE, atiradores do Tiro de Guerra, representantes da ACERT e membros do projeto Vida Iluminada.
A coordenadora do Grupo Infinito Autismo Tupã, Rúbia Maldonado, destacou a importância da caminhada para lembrar a população sobre a necessidade de mais apoio às pessoas autistas para poderem ter mais dignidade e respeito, além do direito à equidade nos atendimentos públicos.
Já o presidente da APAE, Valcir Gandolfi Júnior, elogiou a iniciativa e agradeceu o apoio e a acolhida que os participantes da caminhada, sobretudo no que os alunos da entidade receberam da população.
O vereador Tutu parabenizou os organizadores e participantes da caminhada e destacou a importância do lema da caminhada deste ano: “Mais Informações, Menos Preconceito”, para sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre as dificuldades que as pessoas com transtorno do espectro autista enfrentam diariamente e da necessidade de maior apoio para poderem ter melhor qualidade de vida.
Para o prefeito Caio Aoqui ações como a 2ª Caminhada em Defesa do Autismo são fundamentais para combater o preconceito, sendo a melhor forma de promover a inclusão. O chefe do Executivo também lembrou que a melhor forma de combater o preconceito, é a informação, o esclarecimento e a conscientização e finalizou ressaltando ser unindo forças e trabalhando juntos que será possível vencer a discriminação e o preconceito, garantindo mais dignidade e respeito à pessoa autista.
A data
A data, dia 2 abril, foi estabelecida em 2007, para difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.
Os transtornos do espectro autista (TEA) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Geralmente, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida.
As pessoas afetadas pelos TEA frequentemente têm comorbidades, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
Embora algumas pessoas com TEA possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. As intervenções psicossociais baseadas em evidências, tais como, terapia comportamental e programas de treinamento para pais podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEA e seus cuidadores.
As intervenções voltadas para pessoas com TEA devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
Sintomas
De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos: ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental; o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto), com comprometimento da compreensão; domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.
Tratamento
O autismo é um transtorno crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.
Envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores.
É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado. Pois, nenhuma pessoa com autismo é igual à outra, conforme fontes da Associação de Amigos do Autista, Blog da Saúde do Ministério da Saúde e a Lei nº 12.764/2.012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Tupã