300 profissionais da educação participam de palestra sobre má nutrição

Mais de 320 profissionais das escolas e creches-escolas da rede municipal participaram de uma capacitação sobre má nutrição infantil, por meio do Tupã 2030: Programa de Promoção Integral e Sustentável da Saúde e Bem-Estar da Criança e do Adolescente.

A iniciativa foi desenvolvida remotamente durante o HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo), na segunda-feira (10), permitindo a formação simultânea dos professores, gestores, coordenadores e da direção de todas as unidades. Conforme a diretora de Departamento de Gestão de CMEI, Andréia Benício Doretto, “foi uma palestra informando a rede sobre os dados da Chamada Antropométrica e falando um pouco da teoria sobre a obesidade, seus riscos, e algumas estratégias que a escola pode ter”.

Abordar a subnutrição e a obesidade com este público é essencial pelo papel que as instituições de ensino desempenham no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Visto que, as escolas e creches-escolas podem contribuir na formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que sanem as necessidades do estudante durante o período letivo.

A especialista em nutrição e mestranda em enfermagem pela Unesp de Botucatu, Juliana Indaya de Lima Castro, compõe o grupo de facilitadores do programa. Ela afirma que o objetivo foi aprimorar o conhecimento das equipes que, pela ampla participação, demonstram comprometimento e engajamento para lidar com esse desafio da saúde pública.

“A equipe da educação recebeu orientações sobre a conduta a ser adotada diante de casos de má nutrição, bem como compartilhou experiências bem-sucedidas relacionadas ao incentivo à alimentação saudável em ambiente escolar. Também foi destacada a importância de conhecer o quadro atual da má nutrição em Tupã”, declara.

A missão de promover e proteger a boa nutrição na infância tem como desafio a criação de ambientes saudáveis, visto que a sociedade, a família, o indivíduo e a governança, são alguns dos fatores de influência na saúde.

O secretário de Educação, Cultura e Esportes, professor Valdir Berti, explica que a palestra oferecida pelo CREN (Centro de Recuperação e Educação Nutricional) trouxe desde os indicadores locais do estado nutricional dos estudantes, até estratégias de reversão e prevenção desses problemas. 

“Há determinantes sociais como a baixa escolaridade dos pais, a renda, a estruturação dos lares, e até mesmo fatores biológicos e genéticos que levam a obesidade ou à desnutrição. Precisamos capacitar nosso pessoal para reverter os efeitos disso e dos estigmas que eles carregam. Pois, quanto antes interviermos, melhores serão os resultados”, comenta.