“Amei esse curso. Se pudesse, eu faria novamente”. É assim que Marli Martins Mendonça resume o sentimento de satisfação com o curso itinerante de manicure e pedicure, oferecido nas unidades CRAS, numa parceria com a Escola Profissionalizante de Tupã.
O projeto desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos foi concluído segunda-feira (26) com a cerimônia de entrega dos certificados. Marli declarou ainda já ter começado a atuar na área, complementando a renda da família. “Dá para ganhar um bom dinheiro, né? Já tenho minha freguesia, elas ligam pra mim, e eu vou fazer as unhas delas. Mas, quero aprender mais e mais. Foi maravilhoso”, comentou.
Além de propiciar a autonomia financeira, a iniciativa ajudou a aluna Iracema Franco no fortalecimento emocional dela. “Como minha mãe faleceu, eu fiquei sozinha em casa. Aí apareceu o curso e eu falei: ‘bom, além de me ajudar a não entrar em depressão, terei mais uma profissão para ganhar dinheiro’. E foi muito bom, conheci muitas pessoas. Como já fiz o curso de cabeleireiro, continuo na área da beleza e pretendo abrir um salãozinho”, disse.
A ideia de levar a formação itinerante em manicure e pedicure para os equipamentos socioassistenciais permitiu aproximar a capacitação para o trabalho mantida na Escola Profissionalizante (rua Brasil, 436) dos usuários dos serviços de convivência do Cras Natalino Rodrigues, Cras Leste e Cras III.
A monitora de manicure e pedicure da Escola Profissionalizante, Patrícia Maria dos Santos Brito, informa que nos quase cinco meses de aula, a técnica foi desenvolvida partindo dos conceitos mais básicos, porém, ela destaca a troca de experiências gerada pela convivência com as turmas.
“Elas aprenderam a tirar cutícula, esmaltação, fazer francesinha, esmaltação vermelha sem borrar. Eu senti nelas a vontade de aprender, elas querem ter a oportunidade de entrar no mercado de trabalho. Aprendi muito com elas também, e passei tudo que pude, espero ter ajudado”, contou
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, dra. Telma Tulim, 15 mulheres finalizaram o curso. Agora, a pasta estuda a possibilidade de formar mais pessoas no próximo semestre nesta nova modalidade.
“Muitos deixam de procurar por uma qualificação técnica em virtude da distância dos bairros até o centro da cidade. Queremos tirar as famílias da situação de vulnerabilidade social, por isso, realizamos projetos como esse, que abrem portas para uma profissão e levam à independência financeira”.
A Escola Profissionalizante mantém um curso de manicure e pedicure, realizado nas tardes de terça e quinta-feira, com mensalidade de R$40. As matrículas para o próximo semestre começam em julho.
Tupã